O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) deflagrou nesta sexta-feira (16) a terceira fase da Operação Abutres, que apura suspeitas de fraudes em pedidos de indenização feitos à Fundação Renova, responsável pela reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG). A operação teve como foco os municípios de Baixo Guandu (ES) e Aimorés (MG), ambos próximos a Colatina, e segue sob sigilo judicial.
Conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO-Norte), com apoio da Assessoria Militar do MPES e do GAECO do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a ação cumpriu nove mandados de busca e apreensão. Embora não tenham sido decretadas prisões nesta etapa, o objetivo foi recolher documentos, computadores, mídias e outros materiais que possam ajudar a avançar as investigações.
Durante as buscas, foram apreendidos R$ 12 mil em espécie, 760 euros (cerca de R$ 4.841,20) e três cheques que somam R$ 88 mil.
A Fundação Renova criou o Sistema Indenizatório Simplificado (NOVEL) para facilitar o pagamento das compensações às pessoas atingidas pelo desastre ambiental. Entretanto, o MPES apura indícios de que esse sistema estaria sendo utilizado por grupos para obter vantagens indevidas.
A operação mobilizou promotores de Justiça e mais de 30 agentes, incluindo militares da Polícia Militar de Minas Gerais, membros do GAECO de Ipatinga (MG) e da Agência de Inteligência da Assessoria Militar do MPES.
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