Na madrugada de sexta-feira (14), um bebê de 26 dias de vida faleceu em circunstâncias ainda não esclarecidas, em São Gabriel da Palha, Noroeste do ES. A mãe da criança procurou o Hospital São Gabriel por volta das 4h30, informando que o bebê havia se engasgado. No entanto, médicos observaram sinais de sangramento nasal. A mãe relatou que, na noite anterior, amamentou o bebê e o colocou para dormir na mesma cama em que estava com seu outro filho, de dois anos. Ela explicou que, devido ao espaço limitado da casa, a família costumava dormir junta. Ao acordar, percebeu que o bebê não apresentava sinais vitais e tinha sangramento nasal, o que a levou a pedir ajuda a uma vizinha. O pai da criança, Roberson dos Santos, confirmou que o bebê já estava sem vida quando chegaram ao hospital.
A Polícia Militar foi acionada e a Polícia Civil abriu investigação para apurar as causas da morte. Perícias devem ser realizadas para determinar o que levou ao óbito. Enquanto isso, o caso trouxe à tona discussões sobre as condições de moradia e os desafios enfrentados por famílias em situação de vulnerabilidade social.
Especialistas em saúde infantil destacam que a prática de co-sleeping (dormir na mesma cama que os bebês) pode representar riscos, especialmente em ambientes sem estrutura adequada. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que bebês durmam em berços separados, em colchões firmes e sem objetos próximos, para reduzir a possibilidade de acidentes. No entanto, a realidade de muitas famílias, especialmente em comunidades carentes, dificulta a adoção dessas práticas.
O caso também levanta questões sobre o acesso à informação e ao suporte necessário para mães e famílias. A falta de orientação profissional e as condições precárias de vida podem contribuir para situações de risco que poderiam ser evitadas.
Enquanto as investigações seguem em andamento, o ocorrido serve como um alerta para a necessidade de políticas públicas que garantam moradia digna, acesso à saúde e orientação adequada para famílias em situação de vulnerabilidade. A tragédia, ainda cercada de incertezas, reforça a importância de discutir soluções para problemas estruturais que afetam milhares de brasileiros.
Quer receber nossas notícias 100% gratuitas pelo WhatsApp? Clique aqui e participe do nosso grupo de notícias!