O ser humano é sociável por natureza, não veio ao mundo para viver na solidão ou no isolamento. Dessa forma, aprende logo cedo, a importância do acolhimento familiar e amigos. Mas também, nestes ambientes domésticos vive as suas primeiras experiências dolorosas da rejeição. Vamos para algumas reflexões bem diretas:
A rejeição geralmente nasce, muito antes dos filhos virem ao mundo, antes mesmo deles nascerem de fato. Quantos pais, ao saberem da gravidez de imediato renegam, rejeitam e a partir dali começam as dolorosas batalhas? E mais, quantas vezes em função da realidade que desejariam viver ou por questões econômicas discutem até se a criança deveria vir ao mundo ou não? Essas condutas alteram todo e qualquer padrão emocional de equilíbrio.
Você até pode acreditar que a gestação só tenha necessidade dos cuidados clínicos com a sua saúde física, mas esquece da sua saúde emocional, mental e espiritual! Como será que esta criança virá ao mundo, sendo gestada num ambiente neste nível de toxidade sem saber se defender?
A criança vem ao mundo e as guerras entre alguns pais e familiares são travadas de acordo com a capacidade financeira das envolvidos, ou seja, todas as vezes que precisam comprar os pertences da criança recém nascida, vai para as lojas reclamando ou com gestos grosseiros.
Do ponto de vista energético, como estas fraldas ou alimentos virão? Certamente chegarão carregadas de rancor, ódio e muita rejeição novamente. Logo, estes itens serão entregues para a criança recém nascida que não tem culpa alguma de ter vindo ao mundo com esta carga tão negativa. Será que faz sentido isso para você?
A vida vai seguindo e é muito importante refletir, como você enfrenta estas feridas abertas em sua existência? Como alcançar elevado padrão de maturidade emocional com paz interior e equilíbrio pelos caminhos da vida curados de certas dores emocionais de origens desconhecidas, mas que dialogam com a rejeição?
É tão saudável viver num ambiente fraterno, solidário, onde se apoiam uns aos outros, mas reconhecemos que nem todas as famílias desfrutam desta mentalidade, princípios e valores. Ambientes onde o acolhimento é uma realidade entre pais e filhos favorecem ao bem estar e uma vida saudável. Assim destaco:
Pais que se acolhem, se abraçam e dialogam amorosamente com elevada dose de respeito as diferenças, a diversidade e cumplicidade, inspiram bons exemplos de aceitação e valorização da dignidade humana. Quem neste momento não lembra da falta de um simples abraço nos momentos de vazios na sua infância?
É válido destacar que muitos pais não aprenderam a entregar o mínimo da expressão de amorosidade, nem mesmo para si mesmos. Afinal, eles não receberam na infância e não buscaram quando adultos viver uma outra realidade diferente daquelas que receberam em suas criações. Faça um minuto de silencio profundo e não os culpemos, ao contrário, perdoemos e vamos entregar o valor transmutado do que não recebemos. Talvez, venhamos a ensiná-los sobre o amor, sem cobranças ou jogo de culpabilidades, isso só fere e os machucam.
Afinal, para os filhos que crescem dentro desta realidade, nem sempre reconhece que precisam de ajuda. Quem não lembra que a forma de seus pais acolherem era por meio da entrega de bens materiais? Quantas vezes, nestes momentos, você só queria um minuto de conversa? Muitos pais não aprenderam o que é criar memórias positivas a partir de experiências saudáveis.
* Uemerson Florêncio – (Brasileiro) Empreendedor. Treinador, palestrante e correspondente internacional de opinião em 4 continentes, onde expõe sobre a análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises.