Prevenção envolve exercícios físicos; tratamento é feito por meio de fisioterapia ou cirurgia e com acompanhamento de profissional da área de Obstetrícia
Colatina em Ação – 07 de junho de 2022
Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), cerca de 30% das grávidas podem ser acometidas pela diástase. A condição é consequência de múltiplos fatores, como a dilatação do útero, o afastamento muscular e o enfraquecimento do tecido conjuntivo entre os músculos abdominais.
Essa abertura acontece porque o corpo da mulher precisa criar espaço para comportar o desenvolvimento do feto. A prevenção envolve exercícios físicos; já o tratamento é feito por meio de fisioterapia ou cirurgia e com acompanhamento de profissional da área de Obstetrícia.
Além da expansão dos músculos do abdômen da mulher — que ocorre em torno do terceiro trimestre — para comportar o bebê, outros agentes também contribuem para a diástase, como os hormônios progesterona, relaxina e estrógeno, e o próprio trabalho de parto. Entre os motivos não relacionados à gestação estão a obesidade, a predisposição genética e a atividade física intensa e incorreta.
Durante a gravidez, a região abdominal é sobrecarregada com muita tensão por conta do crescimento do útero. Esse processo deixa a musculatura local muito esticada, causando fraqueza. Em alguns casos, ela volta ao tamanho pré-gestacional; em outros, não.
Segundo a Febrasgo, o afastamento muscular pode chegar a 10 cm de distância. Quando essa distensão é superior a 3 cm, o problema vai para além da questão estética decorrente da flacidez e pode gerar outros incômodos, como incontinência urinária, dor nas costas, constipação intestinal e risco para hérnia abdominal.
Fatores de risco
A diástase é mais frequente durante a gravidez, mas também pode ocorrer com levantamento incorreto de peso numa postura errada, genética, sobrepeso, além de fraqueza na musculatura abdominal.
De modo geral, mulheres que estão na segunda ou terceira gestação, grávidas de gêmeos ou carregam um bebê muito grande são mais propensas a desenvolver o quadro. Ter filhos depois dos 35 anos também pode ser um fator de risco, caso a musculatura já esteja mais flácida.
Sintomas
Como ressaltado em uma pesquisa realizada pela Universidade de Oslo e pela Escola de Ciências do Esporte, na Noruega, a diástase pode se resolver sozinha. Mas quando o distanciamento dos músculos permanece, diversos sintomas podem surgir, afetando a autoestima e o bem-estar da mulher.
O sinal mais comum e observável provocado pela diástase é a formação de uma protuberância na altura do estômago, principalmente quando a mulher contrai ou tensiona os músculos abdominais, como ao tossir. Ela é formada por uma parte do intestino que deixa de estar protegida pelos músculos, que estão separados.
Como ocorre uma mudança nas estruturas internas, algumas alterações gastrointestinais podem ser percebidas, como gases e constipação intestinal. Além disso, a região abaixo do umbigo pode ficar flácida. Quando a sustentação muscular sai do lugar, a pele fica com aparência murcha e fina.
Tratamento e prevenção
A prevenção para a diástase pode ser feita com exercícios físicos para fortalecer a musculatura abdominal. Contudo, durante a gravidez as atividades precisam ser executadas com cuidado e acompanhamento profissional. É essencial que todos os movimentos sejam executados corretamente; do contrário, podem piorar a condição.
Para os adultos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica uma média de 150 a 300 minutos de atividades físicas semanais para que seja possível manter um estilo de vida saudável e um físico mais resistente.
Já o tratamento para a diástase conta com duas frentes de atuação: a fisioterapia e a cirurgia. Os casos leves, de até 5 cm de dilatação, podem ser amenizados com fisioterapia. Em cada sessão, exercícios específicos estimulam o fechamento da musculatura.
Para casos mais graves, em que o afastamento entre um lado e outro do abdômen tem mais de 5 cm, é indicada a cirurgia. O procedimento costura de volta os dois músculos separados e precisa ser complementado também com exercícios supervisionados para fortalecer a região.
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