Colatina em Ação – 03 de maio de 2022
Mais de dois mil pacotes de café com irregularidades foram retirados de circulação em Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana, na Grande Vitória, nesta segunda-feira (2).
A apreensão faz parte da quarta etapa da operação da Polícia Civil que combate a comercialização do produto impróprio para consumo no Espírito Santo.
Foram constatadas irregularidades como umidade excessiva, mistura de milho na composição e até mofo, de acordo com análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES).
Segundo a Polícia Civil, os produtos apreendidos são das marcas Sol Poente (extra forte), Liva (tradicional e extra forte) e Caparaó Capixaba (cafés especiais).
De acordo com Robson Antônio Queiroz, pai do proprietário e um dos representantes da marca Sol Poente, o produto da empresa não tinha milho na composição. Ele disse que ainda não foi notificado oficialmente e que a empresa realizará uma contra prova da amostra analisada pelo Lacen.
“O meu café não tem milho. Pelo que o delegado falou, vai mandar o laudo, mas no nosso café seria a questão da umidade. Sobre isso eu teria que pegar o café e fazer uma contra prova. Tenho que pegar amostra do lote, para mandar para Belo Horizonte, não vou mandar nem aqui no Espírito Santo para fazer uma análise. E aí depois vamos nos posicionar“, disse Robson.
O que diz a Acaps
A Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) ressaltou, em nota, que todo produto industrializado precisa da autorização de órgão competente para ser fabricado e levado ao mercado. Lembrou ainda que é preciso cumprir as exigências de órgãos como o Ministério da Agricultura, a Vigilância Sanitária (Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa) e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf).
“A recomendação da Acaps para os associados é para que verifiquem a idoneidade da indústria e da empresa fornecedora sempre que forem realizar a compra de mercadorias. Agindo dessa forma, os supermercados reduzem os riscos de comercializarem produtos que não obedecem a legislação“, disse a associação.
O consumidor é orientado a pesquisar sobre o fabricante e buscar informações sobre a qualidade do produto, a procedência e a marca. “No caso dos cafés, uma referência é o selo do Programa de Qualidade do Café, uma certificação da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), sendo também uma forma de diminuir os riscos“, finalizou.
Até a última atualização deste texto, a reportagem não havia obtido contato com as outras marcas citadas.
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