Fraude gerou um prejuízo estimado de R$ 4.995.865,37, segundo a polícia. Além da prisão, a Operação Loki também cumpriu 22 mandados de busca e apreensão, sendo um na Serra e 21 em João Neiva, além do sequestro de bens dos investigados.
Colatina em Ação – 07 de abril de 2022
A Polícia Federal realizou, na manhã desta quinta-feira (7), a Operação Loki.
Segundo a PF, o objetivo da ação é desmantelar um grupo criminoso dedicado a fraudar valores de Benefício de Prestação Continuada (BPC), do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial.
Ainda de acordo com a PF, a operação contou com a participação de aproximadamente 95 agentes da PF e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de quatro servidores da Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do Ministério do Trabalho e Previdência.
Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão, sendo um na Serra e 2 em João Neiva, além do sequestro de bens dos investigados.
O preso não teve o nome divulgado pela PF, mas a reportagem apurou que ele se chama Fernando Ferreira dos Santos e é cigano. De acordo com as investigações da PF, ele é o líder da organização criminosa.
Os agentes apreenderam dinheiro, joias e carros.
De acordo com as investigações, foi possível concluir que, além do líder do grupo, ao menos outras 38 pessoas utilizaram documentos falsos em nome de 114 pessoas fictícias e participaram de fraudes ao BPC, ao Bolsa Família e ao Auxílio Emergencial.
De acordo com levantamento realizado ao longo dos trabalhos, a fraude gerou um prejuízo estimado de R$ 4.995.865,37 e, com a ação da PF e do INSS, foram evitados prejuízos da ordem de R$ 14.773.784,13.
Esses valores podem ser ainda maiores, segundo a PF, porque os cálculos não abrangem as fraudes ao Bolsa Família e ao Auxílio Emergencial.
Além do cumprimento das ordens judiciais, a operação também serve para obtenção de novos elementos de prova que possam permitir o prosseguimento das investigações.
As primeiras ações relativas à Operação Loki ocorreram ainda em 2020, após a prisão em flagrante de três pessoas que tentaram sacar benefício do INSS de forma fraudulenta, segundo a PF.
A partir de então, iniciou-se uma investigação que culminou com a descoberta de uma estrutura criminosa dedicada a este tipo de fraude.
Segundo a Polícia Federal, o nome da operação vem de Loki, um dos deuses da mitologia nórdica. Ele é o deus da trapaça, da travessura, do fogo e também está ligado à magia, podendo assumir a forma que quiser. Ele é frequentemente considerado traiçoeiro e de pouca confiança, mas, muito embora suas artimanhas causem problemas aos deuses, estes frequentemente se beneficiam de suas ações.
Os investigados responderão pelos crimes de estelionato e de lavagem de dinheiro, que com suas penas somadas, podem chegar a mais de 23 anos de condenação.
Fonte: G1
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