Portal Colatina em Ação – 22/08/2020
Dona Colatina era paulista, nascida a 24 de novembro de 1864. Era filha de Sebastião José Rodrigues de Azevedo e de dona Colatina Soares de Azevedo, filha do capitão Joaquim Celestino de Abreu Soares, Barão de Paranapanema, e assim de sua primeira esposa dona Joaquina Angélica de Oliveira, descendente do cavaleiro fidalgo da casa de el-rei de Portugal, D. João III, que foi Antonio de Oliveira, 1º Feitor da Fazenda Real da Capitania de São Vicente, por mercê real de 1537, loco-tenente do donatário Martim Afonso de Souza.
Era uma bela jovem e já solteira dominava os idiomas alemão, francês e italiano. Também aprendeu música com um dos maestros mais famosos da época, Girondon, e participou cantando de muitos saraus nos palácios em São Paulo, na administração do então governador (presidente do Estado) Florêncio de Abreu.
O casamento aconteceu assim em 28 de janeiro de 1882, com José de Melo Carvalho Muniz Freire, que participou da política capixaba tão intensamente que acabou tornando-se presidente do Estado por duas vezes, de 1892 a 1896 e de 1900 a 1904. Tiveram afinal 10 filhos: Izilda, José de Mello Carvalho Muniz Freire Filho, Alarico, Átila, Genserico, Olga, Dora, Ragadázio, Manoel e Ilma.
Pouco se encontra nos registros históricos sobre Dona Colatina, mas sabe-se que ela marcou presença na cultura capixaba e tem o seu lugar na Academia Feminina Espiritossantense de Letras (AFESL). Em Vitória, ela tocava e interpretava, ao piano, as composições mais famosas dos mestres da música. Como esposa, apegava-se a fé para pedir proteção ao marido. Ela tinha uma uma medalhinha da Virgem, toda em ouro maciço, presente da sua avó. Quando Muniz Freire viajava, fazia questão que ele levasse essa peça para o proteger.
A Vila de Colatina, então pertencente ao município de Linhares, recebeu esse nome no dia 9 de dezembro de 1899, através do desembargador Afonso Cláudio. Em discurso, ele disse: “Esta homenagem à paulista, certamente tornará próspera a futura cidade”.
Foi homenageada então com o nome à Vila de Colatina, a 9 de dezembro de 1899, pelo desembargador Afonso Cláudio. Em discurso, ele disse: “Esta homenagem à paulista, certamente, tornará próspera a futura cidade”.
Dona Colatina faleceu em 1945.
Túmulo de Dona Colatina no Cemitério São João Batista no Rio de Janeiro,
Fonte: Colatina Online. – Wikipédia
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