Matéria atualizada em 28/05 com informações da defesa
Um homem de 31 anos, identificado como Fagner Teodorio Oliveira, morreu após ser esfaqueado na noite desta segunda-feira (26), no distrito de Laginha, em Pancas, Noroeste do Espírito Santo. A principal suspeita do crime é a companheira da vítima, uma mulher de 25 anos, grávida de 12 semanas, que alega ter agido em legítima defesa após sofrer agressões. Ela foi presa em flagrante por homicídio e encaminhada ao sistema prisional.
Crime ocorreu após série de agressões
De acordo com a Polícia Militar (PM), a mulher já havia acionado a polícia horas antes, relatando estar sendo agredida pelo companheiro. No entanto, ele fugiu antes da chegada dos agentes. Mais tarde, o homem retornou à residência e, segundo a suspeita, voltou a atacá-la.
Em meio à nova agressão, a mulher afirmou ter pegado uma faca da geladeira e golpeado Fagner na lateral do tórax, alegando que agiu para se defender. “Ela disse que não queria matá-lo, apenas se proteger”, relatou a PM.
Vítima não resistiu aos ferimentos
Um vizinho ajudou a levar o casal em uma caminhonete até a área urbana do distrito, onde a vítima foi atendida pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos. A faca utilizada no crime foi descartada pela suspeita em uma área de mata, mas o local exato não foi localizado.
A mulher foi levada à 15ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Colatina, onde foi autuada por homicídio. O corpo de Fagner foi encaminhado à Seção Regional de Medicina Legal (SML) para necropsia antes de ser liberado à família.
O que diz a defesa
A defesa informou que a suspeita vivia uma situação de violência dentro de casa e que havia acionado a Polícia Militar algumas horas antes do crime, relatando agressões físicas e ameaças de morte feitas pelo companheiro, inclusive dizendo que “quebraria seu pescoço”.
Segundo os advogados, a cliente agiu para se proteger e proteger também o bebê que espera, usando a faca apenas para se defender. Eles afirmam que ela não quis matar o companheiro, mas apenas se livrar da agressão.
A defesa destacou ainda que a mulher tem o direito de ser tratada como inocente até que a Justiça decida o contrário. O escritório informou que vai pedir a transferência dela para um local mais seguro, já que ela está grávida e corre risco de sofrer represálias de familiares da vítima.
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