Nesta semana, a Prefeitura de Colatina deu início à demolição de seis imóveis localizados no bairro São Marcos, área que foi duramente atingida pelas chuvas de 2013 e permanece interditada por risco geológico. As construções estavam desocupadas há mais de uma década e vinham sendo utilizadas de forma irregular, o que gerava insegurança para os moradores da região.
A ação é conduzida pela Comissão Especial de Demolição, formada por diversas secretarias e órgãos municipais. Segundo o secretário de Obras, Vinícius Bravo, a demolição atende a laudos técnicos emitidos ainda em 2013 pelo Serviço Geológico Brasileiro e a recomendações formais do Ministério Público.
“São medidas que já deveriam ter sido tomadas. Estamos agindo com base em critérios técnicos e legais para garantir a segurança da população e evitar ocupações irregulares”, afirmou Bravo.
As famílias que residiam nos imóveis demolidos foram reassentadas logo após a tragédia, por meio de programas sociais, como o aluguel social, ou de projetos habitacionais federais. Atualmente, nenhuma delas vive mais nas estruturas atingidas.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Colatina, Capitão Scotta, a área segue classificada como de alto risco geológico e permanece formalmente interditada.
“É uma ação preventiva que visa proteger vidas e estabilizar o terreno. A colaboração entre os órgãos envolvidos tem sido essencial para que medidas concretas saiam do papel”, disse.
Intervenção completa
Após a demolição, a Prefeitura seguirá com a remoção dos entulhos, o retaludamento da encosta e o plantio de grama, com o objetivo de estabilizar o talude e reduzir o risco de deslizamentos ou erosão. A intervenção atende a uma reivindicação antiga da população local e representa um avanço importante na resposta às pendências históricas deixadas pela tragédia.
Entenda o histórico
Em dezembro de 2013, o bairro São Marcos foi palco de uma das maiores tragédias provocadas pelas chuvas em Colatina. Um deslizamento de terra destruiu várias casas e causou a morte de sete pessoas, incluindo duas crianças. Desde então, a área permaneceu interditada e as estruturas afetadas se transformaram em um ponto de preocupação constante para a comunidade.
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