Uma mulher sobreviveu a uma tentativa de homicídio após ser jogada do terraço de uma residência pelo próprio companheiro no bairro São Marcos, em Colatina, na noite de sábado (3). O caso, registrado como tentativa de feminicídio, chama atenção não apenas pela brutalidade da agressão, mas por revelar um histórico de violência já conhecido pelas autoridades.
A vítima, que sofreu múltiplos ferimentos ao cair sobre telhas de alumínio e depois no chão, contou à Polícia Militar que o agressor, seu marido, já tinha passagem por violência doméstica, com medida protetiva anteriormente concedida e, posteriormente, revogada a pedido dela. A informação levanta questionamentos sobre a eficácia das políticas de enfrentamento à violência contra a mulher, mesmo com mecanismos legais disponíveis.
Álcool e reincidência
De acordo com o relato da vítima, o casal havia consumido bebidas alcoólicas antes da discussão que culminou na agressão. O suspeito, após empurrá-la do terraço, também teria atacado o próprio pai antes de fugir. A PM realizou buscas na região, mas ele segue foragido.
Falha no sistema de proteção?
O fato de o agressor já ter sido processado por violência doméstica, mas continuar cometendo crimes, expõe um problema recorrente: a dificuldade em garantir a segurança das vítimas mesmo após denúncias. Especialistas alertam que a revogação de medidas protetivas, muitas vezes influenciada por pressão emocional ou dependência financeira, pode colocar mulheres em risco ainda maior.
Atendimento emergencial
A vítima foi socorrida por duas equipes do SAMU e imobilizada pelos Bombeiros antes de ser encaminhada ao Pronto Socorro do Hospital Silvio Avidos, onde permanece internada. Seu estado de saúde não foi divulgado oficialmente.
A Polícia Civil assumiu a investigação, tratando o caso como tentativa de feminicídio. Enquanto o suspeito não é capturado, o episódio reacende o debate sobre a necessidade de mecanismos mais eficazes para proteger mulheres em situação de violência — mesmo quando elas, em um primeiro momento, recuam das denúncias.
Quer receber nossas notícias 100% gratuitas pelo WhatsApp? Clique aqui e participe do nosso grupo de notícias!