A Prefeitura de Colatina anunciou, nesta semana, a decisão de não renovar o contrato de operação da balsa que realizava a travessia de pedestres no distrito de Itapina. A medida foi tomada após uma análise técnica e administrativa que apontou a ineficiência econômica do serviço e uma série de irregularidades operacionais.
Irregularidades e falhas na prestação do serviço
Segundo o comunicado oficial, desde o início da atual gestão foram identificadas falhas graves na prestação do serviço, como a ausência de relatórios técnicos, falta de controle de fluxo de usuários e inexistência de registros operacionais da embarcação. A Secretaria Municipal de Transporte, responsável pela fiscalização, também constatou que a balsa ficou inoperante em diversas ocasiões, sem qualquer aviso à população local.
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Fiscalização aponta paralisações sem aviso
Durante visitas ao local, fiscais encontraram a embarcação parada, sem o marinheiro responsável. Moradores relataram que a balsa chegou a ficar dias consecutivos sem operar, sem qualquer tipo de comunicação oficial.
Nível do Rio Doce compromete viabilidade da travessia
Outro fator que influenciou a decisão foi a variação do nível do Rio Doce, que, durante a maior parte do ano, se mantém abaixo do necessário para a operação segura e regular da balsa. A irregularidade do rio compromete a continuidade do serviço e agrava sua instabilidade.
Baixa demanda e alto custo para os cofres públicos
Apesar da baixa demanda, a manutenção do contrato representava um custo mensal de R$ 23 mil — totalizando R$ 276 mil ao ano. O valor foi considerado elevado diante da pouca utilização e das constantes paralisações do serviço.
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Empresa foi notificada, mas não apresentou soluções
Em março, a empresa responsável foi oficialmente notificada e recebeu prazos para corrigir as irregularidades, retomar a operação regular e apresentar justificativas. Segundo a Prefeitura, as exigências não foram atendidas de forma satisfatória.
Novas alternativas de mobilidade estão em estudo
A administração municipal reforçou seu compromisso com o uso responsável dos recursos públicos e informou que alternativas de mobilidade, como a via terrestre já existente, estão sendo avaliadas. A Prefeitura também pretende ouvir os moradores de Itapina para garantir que as soluções adotadas contemplem, com segurança e eficiência, as reais necessidades da comunidade.
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