Após anos de investigações, o caso do desaparecimento de Adair José da Silva, de 44 anos, encontrou um desfecho judicial. Nesta sexta-feira (07/02), Reginaldo Ludgero da Silva foi condenado a 16 anos e 10 meses de prisão pelo homicídio qualificado e ocultação do cadáver de Adair, seu suposto “melhor amigo”. O crime ocorreu em 2016, mas o corpo da vítima só foi descoberto em janeiro de 2020, concretado na parede da casa onde Adair era proprietário e onde Reginaldo passou a residir após o desaparecimento.
O Tribunal do Júri, realizado no Fórum de São Gabriel da Palha, no Espírito Santo, confirmou a denúncia do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), que apontou Reginaldo como autor do crime. O promotor de Justiça Carlos Eduardo Rocha Barbosa sustentou os fatos apresentados na denúncia, destacando que o réu cometeu o homicídio por motivo torpe — já que desejava se apropriar da casa da vítima — e ainda ocultou o corpo para evitar a descoberta do crime.
A descoberta do crime
Adair José da Silva foi dado como desaparecido em novembro de 2016, após sua família notar sua ausência e comunicar a polícia. Na época, Reginaldo, que já ocupava a residência, apresentou um recibo de compra do imóvel e afirmou que Adair havia decidido se mudar para outro Estado. No entanto, as investigações não encontraram nenhum registro de movimentação bancária ou telefônica da vítima após o desaparecimento.
O caso ganhou novos rumos no final de 2019, quando denúncias anônimas levaram a polícia a suspeitar que o corpo de Adair estava escondido na casa. Com uma autorização judicial, a Polícia Civil realizou buscas no imóvel em janeiro de 2020. Reginaldo, que acompanhou as escavações, negou veementemente a presença de um corpo na residência. No entanto, após buscas minuciosas, os restos mortais de Adair foram encontrados concretados na parede da área de serviço.
A condenação
Durante o julgamento, o MPES destacou que Reginaldo e Adair eram próximos, mas o réu nutria o desejo de morar na casa da vítima “de qualquer jeito”. Para concretizar esse plano, ele teria cometido o homicídio e, em seguida, ocultado o corpo na parede da residência, onde permaneceu por quase quatro anos. A perícia confirmou que a ossada encontrada era de Adair, encerrando anos de incertezas para a família da vítima.
Reginaldo Ludgero da Silva foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver e permanece preso à disposição da Justiça. A condenação desta sexta-feira representa o fechamento de um capítulo trágico na história de São Gabriel da Palha, mas também um alívio para os familiares de Adair, que aguardavam por justiça desde 2016.
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