Nos últimos dias, o Espírito Santo registrou temperaturas excepcionalmente elevadas, marcando recordes históricos em diversas localidades. Na segunda-feira (20), o município de Alegre liderou os registros, alcançando impressionantes 38,6 °C. Outras cidades também registraram máximas expressivas, como Marilândia (36,4 °C), Alfredo Chaves (36,2 °C) e Vitória, que atingiu 35,7 °C, segundo informações do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
Motivos para o calor extremo
De acordo com a Coordenação de Meteorologia do Incaper, o calor intenso é causado por uma massa de ar seco e quente estacionada sobre o litoral brasileiro. Esse sistema atmosférico impede o avanço de frentes frias e reduz a formação de chuvas generalizadas no estado. Contudo, em áreas de maior altitude, como na região Sul e na região Serrana, o relevo local combinado com calor e umidade tem favorecido a ocorrência de trovoadas isoladas no período da tarde.
Previsão do tempo para os próximos dias
A tendência de calor intenso deve se manter ao longo da semana. O céu claro predominará durante as manhãs, com possibilidade de trovoadas isoladas à tarde em áreas elevadas. No litoral norte, há previsão de chuvas rápidas na manhã de sexta-feira, mas a maior parte do estado continuará com tempo aberto e quente.
As temperaturas máximas projetadas para esta semana variam conforme as regiões:
- Norte: até 36,0 °C;
- Sul Baixa: até 39,0 °C;
- Grande Vitória: até 37,0 °C;
- Serrana: máximas de até 31,0 °C.
Impactos no setor agropecuário
As altas temperaturas trazem desafios à agropecuária capixaba. O calor intenso acelera a evaporação da água do solo, causando estresse hídrico que pode comprometer o desenvolvimento das plantas e impactar a polinização, além de favorecer o abortamento de flores e frutos. Na pecuária, o calor também afeta os animais, que podem sofrer com estresse térmico.
Para mitigar os impactos, o Incaper orienta que os produtores adotem estratégias adequadas à sua realidade, com o apoio de assistência técnica e extensão rural.
As condições climáticas extremas reforçam a necessidade de planejamento e adaptação para minimizar os danos às atividades econômicas e ao meio ambiente no estado.
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