A Justiça condenou nesta semana Elismar Conceição de Jesus, Jardel Alves dos Santos e Valdir Gonçalves pelo assassinato brutal de Valéria Ferrugini, conhecida como “Tetéia“, uma mulher trans de 58 anos e proprietária de um salão de beleza no Centro de Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo. O crime ocorreu em julho de 2024 e chocou a comunidade local.
Os réus foram condenados por latrocínio (roubo seguido de morte) e estupro. Jardel Alves dos Santos recebeu a maior pena: 31 anos e 5 meses de prisão. Na sentença, o juiz Ivo Nascimento Barbosa destacou a premeditação do crime, a confiança conquistada pelos réus para entrar na casa da vítima e a extrema crueldade do ato. Segundo o magistrado, Jardel confessou os crimes, admitindo, inclusive, que amarrou as mãos e pernas de Valéria, além de amordaçá-la, enquanto ela era agredida por Elismar.
Elismar Conceição de Jesus foi condenado a 29 anos de prisão. Apesar de não possuir antecedentes criminais, o juiz ressaltou a gravidade do crime e a intenção de lucro fácil como agravantes. De acordo com o processo, Elismar foi responsável por golpear a vítima, que morreu em decorrência de traumatismo craniano e asfixia.
Valdir Gonçalves, por sua vez, recebeu a pena de 7 anos e 4 meses de prisão. Embora tenha negado participação direta no crime, foi condenado por colaborar na fuga e no transporte dos bens roubados. Segundo a investigação, ele foi chamado pelos outros réus para realizar um “frete“, alegando não ter ciência da real intenção do grupo.
O crime
Valéria Ferrugini foi encontrada morta em 24 de julho de 2024, em sua residência, com sinais de violência extrema. De acordo com a perícia, a vítima sofreu golpes na cabeça e foi sufocada, sem chance de defesa. As investigações revelaram que Jardel e Elismar consumiram drogas com a vítima antes do crime, que incluíram também atos de violência sexual.
O delegado Willian Dobrovosk, responsável pelo caso, destacou que imagens de videomonitoramento foram cruciais para identificar os suspeitos, que foram presos no mesmo dia do crime. “As provas eram robustas, incluindo os vídeos que mostram os réus entrando e saindo da casa com objetos da vítima e, posteriormente, comemorando o ato”, afirmou.
Impacto na comunidade
Valéria era uma figura querida em Nova Venécia, conhecida por sua dedicação à profissão de cabeleireira há mais de 30 anos. Sua morte gerou comoção e indignação na cidade. Para a Polícia Civil, o caso representou um desafio investigativo, dado o grau de violência e os detalhes sórdidos envolvidos.
Os três réus permanecem presos, e o juiz manteve a prisão preventiva enquanto cabem recursos. O caso segue como símbolo da luta contra a violência e o preconceito na região.
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