O ano começa com uma campanha muito importante para a saúde da mulher: o Janeiro Verde, movimento que chama a atenção sobre a prevenção e a conscientização do câncer de colo do útero, uma das neoplasias malignas mais prevalentes na população feminina. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima uma média de 17 mil novos casos para este ano no País.
Entre os principais fatores de risco estão o contágio por HPV (Papilomavírus Humano), e a vacina é uma importante aliada na prevenção da doença. Um novo estudo, publicado na revista científica JAMA Network mostrou que o imunizante contra o HPV reduziu em 62% as mortes por câncer de colo de útero entre as mulheres com menos de 25 anos nos Estados Unidos.
“Apesar de a doença não ser comum em mulheres com menos de 25 anos, a pesquisa mostra na prática a eficácia da vacina, que deve ser aplicada ainda na infância e na adolescência, para prevenir o câncer de colo de útero na fase adulta, contribuindo para que a pessoa fique protegida dessa neoplasia maligna em qualquer fase da vida“, avaliou a médica oncologista Virgínia Altoé Sessa.
O vírus HPV é transmitido por meio do sexo sem proteção e possui mais de 100 tipos, dos quais pelo menos 14 são cancerígenos. No Brasil, a vacinação contra o HPV é oferecida gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Indivíduos imunocomprometidos ou vítimas de violência sexual também podem tomar imunizante gratuitamente.
“É muito importante que pais e responsáveis se conscientizem e vacinem seus filhos, pois isso contribui para reduzir o índice dessa doença, que infelizmente ainda afeta muitas mulheres no Brasil. Apostar na prevenção é fundamental“, alertou a médica.
Além do vírus HPV, o câncer de colo uterino tem outros fatores de risco, como tabagismo e sedentarismo.
SINAIS SUSPEITOS
Nos estágios iniciais, boa parte dos casos de câncer de colo de útero não apresenta sintomas, mas quando a doença começa a se manifestar, as principais ocorrências são sangramento vaginal anormal (entre os períodos menstruais ou na menopausa), dores pélvicas persistentes e secreção vaginal anormal, que pode ser aquosa, com cheiro forte ou com sangue, e dores com ou sem sangramento durante a relação sexual.
“Felizmente, o diagnóstico da doença pode ser feito de forma precoce por meio do exame preventivo ou Papanicolau, que ajuda a detectar anormalidades em células do colo do útero, antes que elas se transformem em câncer. E mesmo em caso de câncer, o exame é capaz de diagnosticar a doença na sua fase inicial, e isso aumenta muito as chances de cura. O preventivo deve ser feito uma vez por ano ou de acordo com orientação do ginecologista“, explicou a oncologista Virgínia Altoé Sessa.
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