A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou o primeiro óbito causado pela Febre Oropouche no Espírito Santo. A vítima, uma mulher de 61 anos residente em Fundão, na região Metropolitana de Vitória, faleceu em 28 de agosto. Portadora de hipertensão arterial, a causa do falecimento foi investigada até sua confirmação, divulgada nesta terça-feira (10) durante coletiva de imprensa sobre arboviroses no estado.
A paciente começou a apresentar sintomas na noite de 27 de agosto, com febre e dificuldade respiratória. Na manhã seguinte, deu entrada no Pronto Atendimento de Fundão. O quadro clínico evoluiu rapidamente: insuficiência renal, manifestações hemorrágicas e paradas cardiorrespiratórias culminaram no óbito às 19h55 do mesmo dia, cerca de 24 horas após o início dos sintomas.
A Sesa relatou que outras duas mortes estavam sob investigação por possível relação com a doença. Uma foi descartada, enquanto a outra permanece em análise.
Situação no Brasil e no Espírito Santo
A Febre Oropouche é causada pelo Oropouche vírus (OROV), transmitido principalmente por mosquitos e caracterizada por sintomas semelhantes aos da dengue. O Brasil já registrou três óbitos confirmados pela doença — os primeiros do mundo — em estados como Bahia e Pernambuco.
No Espírito Santo, o primeiro caso positivo foi identificado em abril. Desde então, o estado contabiliza 2.147 casos confirmados, com maior incidência nos municípios de Alfredo Chaves (744), Iconha (320) e Laranja da Terra (198), conforme o boletim mais recente da Sesa, divulgado em 5 de dezembro.
Sintomas e prevenção
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Embora o diagnóstico seja clínico, epidemiológico e laboratorial, a doença integra a lista de notificações compulsórias devido ao seu potencial epidêmico.
A Sesa reforça medidas de prevenção, como:
- Evitar áreas infestadas e o contato com vetores.
- Usar roupas que cubram o corpo e repelente nas áreas expostas.
- Manter terrenos limpos e instalar telas em portas e janelas.
Em caso de sintomas suspeitos, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente e informar sobre exposições potenciais.
Embora sem tratamento específico, o repouso e acompanhamento médico são recomendados para os infectados. A secretaria destaca a importância de diferenciar a Febre Oropouche de outras arboviroses para garantir a eficácia das ações de controle e prevenção.
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