Maria Clara Pereira de Souza, de 19 anos, é mais uma ex-aluna da Rede Estadual do Espírito Santo a ingressar na faculdade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), localizada na cidade do Rio de Janeiro-RJ. A estudante cursa Ciência de Dados e Inteligência Artificial, que visa capacitar os alunos com habilidades e competências para atuar em setores como tecnologia, varejo, bancos de investimentos, organizações não-governamentais, consultorias, empresas multinacionais, mídias e comunicação, além de oportunidades de pesquisas.
A jovem é natural de Itaguaçu, onde estudou todo o Ensino Fundamental na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Eurico Salles, localizada na mesma cidade.
Maria Clara, que sempre se interessou pelas Ciências Exatas, conheceu, em 2017, o Projeto Iniciação Científica de Matemática (PicMat) na própria escola Eurico Salles. O Projeto faz parte do Programa Matemática na Rede, implementado no primeiro semestre de 2016, pela Secretaria da Educação (Sedu), em parceria com a Coordenação Regional da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP/ES) e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).
Sempre dedicada aos estudos e participante assídua nas competições de Matemática, a estudante coleciona sete medalhas e uma menção honrosa nas edições da OBMEP, sendo:
Com muito conhecimento adquirido, Maria Clara tentou uma vaga no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) de Colatina, e foi aprovada. “A Ciência Exata é uma área que eu sempre gostei. Tem que se esforçar muito para conquistar o que eu conquistei. Agora, no Ensino Superior, vejo ainda mais horizontes pela frente”, disse a estudante.
Incentivo familiar
Com satisfação, Maria Clara contou que seu pai, Sebastião Gonçalves de Souza, foi seu maior incentivador nos estudos. E que deve a ele, e às escolas por onde passou, tudo o que já conquistou.
“Sempre acompanhei as atividades escolares da minha filha. Eu estudava com ela e caminhava junto. Creio que essas atitudes levaram ao sucesso da Maria Clara, uma menina que sempre foi muito esforçada e dedicada”, frisou Sebastião Gonçalves de Souza.
Com relação ao Projeto Iniciação Científica de Matemática (PicMat), Sebastião disse que foi um divisor de águas na vida da filha. “Ela é muito tímida, e com as aulas do Projeto, Maria Clara começou a interagir bem mais com os demais estudantes, além do grande conhecimento adquirido”, afirmou.
Sebastião também contou que trabalha na área da saúde, e sempre sonhou que a filha estudasse medicina. “Meu grande sonho era que Maria Clara cursasse medicina, mas o foco dela sempre foi Ciências Exatas. Ela chegou a passar na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e em outras universidades para o curso de medicina, mas a escolha dela foi a FGV. Confesso que fiquei frustrado, mas hoje respeito e continuo a incentivando e apoiando na vida acadêmica”, pontuou o pai da estudante.
Bons resultados na OBMEP
O bom desempenho em Matemática, traduzido em premiações nas competições na Educação Básica, proporciona aos estudantes a conquista de vagas em diversas instituições de ensino do Ensino Superior.
Algumas como critério de bonificação em processos seletivos, outras como mecanismos de entrada em programas de Iniciação Científica na graduação ou nos mestrados.
Na FGV, a Maria Clara conseguiu bolsa de estudo para graduação e recursos para financiar as suas despesas com moradia e permanência na cidade do Rio de Janeiro.
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