A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Rubens Rangel, de Colatina, tem sido palco de importantes iniciativas voltadas para a inclusão educacional. Projetos sobre Astronomia, com foco na acessibilidade, para alunos da Educação Especial, desenvolvidos pelos estudantes da 1ª série do curso técnico em Administração, foram apresentados na Mostra de Astronomia do Espírito Santo (MAES), realizada nessa segunda-feira (21) e terça-feira (22), e selecionados para a fase final em Guarapari. Além disso, também foram aprovados para a Feira de Ciências e Inovação Capixaba (FECINC), evento que será realizado em novembro.
Olhar inclusivo
Desenvolvidos sob a orientação da professora Joselia Cristina Siqueira da Silva Bulian, os projetos “MIND MATTERS: Um Aprendizado Espacial – O Universo em Quadrinhos a partir de um Olhar Inclusivo da Educação Especial” e “Desvendando o Céu: Uma Jornada Astronômica Inclusiva” nasceram da percepção dos alunos sobre as dificuldades de seus colegas da Educação Especial em acompanhar conteúdos de Química e Astronomia. A ideia de criar materiais didáticos adaptados partiu das alunas Kaysla Oliveira, Julia Peronni, Yasmin Miranda e Maiara Souza, que buscaram soluções criativas para incluir esses estudantes no processo de ensino de forma equitativa.
Educação inclusiva
A iniciativa, além de destacar a importância da inclusão no ambiente escolar, permitiu aos estudantes da Escola Rubens Rangel aprofundar seu conhecimento em Astronomia e Ciências Espaciais, ao mesmo tempo que desenvolveram habilidades de empatia e colaboração. A professora Joselia acredita que o projeto vai muito além do ensino de Ciências. “A educação inclusiva não é apenas um dever, mas uma oportunidade de crescimento e aprendizado mútuo. Quando permitimos que todos participem ativamente, criamos um ambiente mais colaborativo e enriquecedor”, afirmou.
Conheça mais sobre os projetos
O projeto “MIND MATTERS” transformou conceitos astronômicos em uma história em quadrinhos acessível. Os personagens são astronautas com diferentes deficiências, como Ana, uma mulher negra e cega, João, um cadeirante, Pedro, um jovem autista, e Luísa, que tem deficiência intelectual. A história foi adaptada para o Braille e impressa em formato ampliado para atender estudantes com baixa visão. Segundo Julia Peronni, uma das criadoras, “foi emocionante criar algo que faz com que todos se sintam representados na sala de aula”, disse.
Já o projeto “Desvendando o Céu” é um jogo didático que aborda temas como planetas, estrelas e galáxias, com perguntas fáceis de entender e cores diferenciadas para cada categoria, promovendo interação e aprendizado inclusivo. As alunas Yasmin e Maiara foram responsáveis por sua criação. “O mais legal foi ver os alunos jogando e aprendendo juntos, sem competir, mas se ajudando”, contou Yasmin.
A aluna Kaysla Oliveira destacou a importância da experiência: “Amei ter participado da Mostra de Astronomia, foi uma experiência incrível, espero que possamos ter essa oportunidade mais vezes”, destacou. A estudante Julia Peronni compartilhou o sentimento de aprendizado contínuo: “Foi um privilégio estar lá, aprender sobre Astronomia e ver como a ciência pode ser acessível e inclusiva”, destacou. Já a aluna Yasmin Miranda ressaltou o impacto do evento: “Participar da mostra foi uma oportunidade de aprender e também de mostrar que a Astronomia pode ser divertida e inclusiva”, frisou.
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