Teste do pezinho para recém-nascidos, hemograma completo e exames de pediatria geral para crianças, dosagem hormonal para adolescentes e adultos e densitometria óssea para idosos são exemplos de exames recomendados para o cuidado preventivo com a saúde em cada fase da vida.
As investigações auxiliam no diagnóstico precoce de doenças crônicas, permitindo o controle e o tratamento adequados, o que aumenta as chances de cura. Também conhecidos como check-up ou exames de rotina, os testes preventivos são feitos regularmente para monitorar a saúde e identificar eventuais problemas antes que atinjam estágios graves. As análises podem incluir exames de sangue, de imagem e testes físicos.
De acordo com pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), 72% dos pacientes com doenças crônicas descobrem a condição após apresentarem algum sinal do problema. Contudo, pelo menos 158 doenças comuns podem ser diagnosticadas a partir de exames laboratoriais preventivos.
Segundo a SBPC, os exames mais básicos recomendados são de glicemia e hemoglobina glicada, que ajudam a investigar problemas relacionados à glicose; perfil lipídico, que indica os níveis de colesterol total e triglicerídeos; e a avaliação da função renal, na qual se mede creatina e ureia.
Na área da ginecologia, o Papanicolau, conhecido como “preventivo”, também é um dos procedimentos recomendados, já que possibilita a detecção de câncer de colo de útero. O exame de HIV também é importante, pois detecta o vírus da Aids e o de hepatites.
Para os homens, a prevenção de câncer de próstata inclui o Antígeno Prostático Específico (PSA), na idade adulta, e o exame de toque, a partir dos 50 anos, ou dos 45, para homens com histórico da doença na família.
Conforme o diretor de Ensino da SBPC/ML, Leonardo Vasconcellos, é importante que as pessoas façam check-ups preventivos com mais frequência e procurem médicos mesmo quando não estejam doentes ou com sintomas aparentes, já que muitas doenças são silenciosas e apresentam sinais tardiamente, em fases avançadas.
Testes ajudam a detectar condições nos recém-nascidos
O teste do pezinho é indispensável para recém-nascidos, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo o órgão, o exame ajuda no diagnóstico e na indicação de tratamento precoce para seis doenças: deficiência de biotinidase, fenilcetonúria, fibrose cística, hipotireoidismo congênito, hiperplasia adrenal congênita e síndromes falciformes.
Além disso, é recomendado fazer exames adicionais em bebês com mães que foram expostas a agentes infecciosos específicos durante a gestação, como a sífilis, para prevenir possíveis complicações.
Exames com base na etnia do recém-nascido ou no seu histórico familiar também são importantes para identificar condições genéticas mais comuns em determinadas populações, o que permite intervenções precoces, quando necessário.
Conforme o Ministério, os protocolos de triagem ajudam a garantir um desenvolvimento saudável desde os primeiros dias de vida.
Crianças também devem realizar exames
Para garantir a saúde das crianças, segundo a SBPC, é preciso fazer uma série de exames que proporcionem informações abrangentes sobre o estado de saúde. O hemograma completo avalia componentes sanguíneos, enquanto o perfil lipídico monitora os níveis de gordura no sangue.
Exames de insulina e glicemia são importantes para verificar o funcionamento do metabolismo e detectar, precocemente, condições como diabetes. Para avaliar a saúde renal e intestinal, são recomendados os exames de urina e fezes, respectivamente. O médico pediatra também pode indicar a realização de teste de anticorpos para hepatite A, B e C.
Saúde na adolescência deve ter ênfase na prevenção
Na faixa etária de 13 aos 18 anos, a SBPC enfatiza que a atenção deve se voltar para os exames de triagem que possam identificar possíveis infecções e anemias. Para as meninas, são necessários exames adicionais em caso de problemas menstruais ou questões relacionadas à saúde sexual.
A promoção da saúde nessa fase da vida também inclui educação sobre prevenção de acidentes e lesões, orientações sobre saúde sexual, informações sobre abuso de substâncias e adoção de um estilo de vida saudável. Essas medidas são recomendadas não somente para tratar doenças existentes, mas para prevenir o surgimento de problemas de saúde futuros.
Exames de rastreamento são necessários na fase adulta
Entre os 19 e 29 anos, os exames de rastreamento são importantes para identificar doenças que podem surgir na fase adulta. A partir dos 20 anos, os testes são usados para detectar infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV, sífilis e clamídia, o que previne complicações e proporciona o tratamento adequado. Exames para detecção precoce de condições crônicas, como doenças cardíacas e diabetes, também são necessários para evitar o agravamento do quadro.
Entre os 30 e 49 anos, os exames de triagem se tornam ainda mais importantes, de acordo com a SBPC, tanto para homens quanto para mulheres. A detecção precoce de doenças mais comuns e tratáveis, como o diabetes e as doenças cardíacas, pode ser feita por meio de exames de sangue.
Já os de imagem, como colonoscopia e mamografia, são recomendados para detectar precocemente cânceres de cólon, reto e mama. Uma vez identificadas, essas doenças podem receber um tratamento eficaz, aumentando as chances de recuperação e melhorando a qualidade de vida durante o tratamento.
Terceira idade deve ter atenção ao envelhecimento natural do corpo
A partir dos 50 anos, novos exames de rotina devem entrar na lista de prevenção, já que o envelhecimento natural do corpo e as mudanças no organismo podem favorecer o surgimento de enfermidades. As investigações podem incluir eletrocardiograma para monitorar a saúde do coração, prevenir e tratar quadros de arritmias e insuficiência cardíaca.
Pode ser necessário, ainda, raio-x do tórax e acompanhamento com pneumologista para verificar a presença ou não de câncer de pulmão e outras doenças respiratórias. A colonoscopia também é recomendada para idosos.
O exame de TSH ajuda a monitorar a tireóide e auxiliar no diagnóstico do hipotireoidismo e de outras doenças autoimunes. Já a densitometria óssea também é recomendada para identificar riscos de osteoporose.
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