A amamentação proporciona diversos benefícios para a mãe e o bebê, segundo o Ministério da Saúde. É por meio do leite materno que a criança recebe todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento, aumentando a imunidade e reduzindo os riscos de alergias, hipertensão, diabetes, obesidade e mortalidade infantil. Amamentar contribui para a saúde física e mental da mulher, ajudando na recuperação pós-parto, na prevenção de doenças e no fortalecimento do vínculo com o bebê.
No entanto, muitas mães podem encontrar uma série de desafios durante o processo. Conforme a Secretaria de Saúde do Governo do Paraná, seis em cada dez mulheres têm dificuldade para amamentar seus filhos. Esta realidade, somada à importância do aleitamento materno, faz com que falsas teorias sejam criadas sobre o assunto.
Na internet, por exemplo, é fácil se deparar com mentiras sobre o tema, o que só prejudica a mãe e o bebê. Distinguir o que é informação correta e o que é mito contribui para combater a desinformação e evitar riscos à saúde das mães e dos bebês.
Beber cerveja preta aumenta o volume do leite
O consumo da cerveja preta como um agente para o aumento do volume do leite materno é uma das principais mentiras difundidas sobre a amamentação. Segundo o Ministério da Saúde, não há evidências científicas de que a teoria seja verdadeira.
A circulação da informação incorreta pode induzir as mulheres ao consumo de cerveja durante o período da amamentação, o que pode ser prejudicial para a saúde do bebê.
Assim como qualquer outro tipo de bebida alcoólica, o produto não deve ser ingerido nesta fase, principalmente, em grandes quantidades.
O Ministério da Saúde aponta que, para as mulheres que bebem cerveja para relaxar, a solução é encontrar outras alternativas que não prejudiquem a saúde da criança.
Alimentação não interfere no leito materno
Esta é mais uma mentira sobre o assunto. De acordo com o Ministério da Saúde, além das bebidas alcoólicas, o café e os alimentos muito gordurosos, como o chocolate, devem ser evitados ou consumidos em poucas quantidades no período da amamentação.
A mesma recomendação é válida para alimentos ultraprocessados, que costumam ter uma grande presença de sódio na composição, agente contribuinte para doenças do coração, diabetes e vários tipos de câncer.
Dessa forma, a orientação das autoridades de saúde é para que as mulheres tenham uma alimentação saudável, equilibrada e rica em nutrientes desde a gestação. O ideal é adotar um estilo de vida com consumo de alimentos in natura, como frutas, legumes, verduras e carnes, com preparações feitas em casa.
Para manter os níveis de nutrientes em dia, é possível recorrer aos suplementos como o Ogestan Gold, ômega 3, ferro e vitaminas. A suplementação deve ser feita com supervisão médica.
Algumas mães produzem leite mais fraco
Lado a lado às teorias sobre alimentação está a ideia de que algumas mulheres produzem leite mais fraco do que outras. Conforme explica a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), todas as mães garantem o alimento de qualidade para seu bebê.
Esta é uma das falsas crenças que deixam as mães inseguras durante a amamentação, o que pode não ser benéfico para a saúde mental. Segundo a Fiocruz, o que pode acontecer é o bebê ingerir uma quantidade insuficiente de leite materno, o que contribui para diminuir a produção, sendo necessária uma avaliação para identificar a origem do problema: pega, posicionamento ou alterações no freio da língua da criança, por exemplo.
Ainda segundo a Fiocruz, a capacidade nutricional do leite só ficará comprometida em casos severos de desnutrição das mães, o que é raro de acontecer.
O tamanho dos seios interfere na produção de leite
Outra mentira sobre a amamentação acompanha as mulheres desde a gestação, pois está ligado à questão estética. Há a falsa teoria que o tamanho dos seios interfere na produção de leite, responsável por causar insegurança.
Entretanto, a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Canoas, no Rio Grande do Sul, informa que o tamanho dos seios não interfere na produção de leite materno e não gera impactos na nutrição do bebê.
A única questão que pode acontecer em relação ao tamanho dos seios é a adaptação à posição e ao manejo, principalmente, nos primeiros meses em que a mãe e o bebê estão aprendendo o processo de amamentação.
Mulheres com hipomastia — quando não há desenvolvimento do tecido mamário — ou que passaram por cirurgias de redução ou aumento das mamas também podem enfrentar esse tipo de dificuldade para amamentar.
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