Colatina em Ação – 11 de setembro de 2023
Setembro é o mês referência à prevenção do suicídio, o Setembro Amarelo, e o dia 10 é dedicado ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
A campanha, que teve início no Brasil em 2015 visa conscientizar as pessoas sobre o suicídio, bem como informar sobre a prevenção.
A saúde mental é um assunto muito importante e impacta diretamente na qualidade de vida do indivíduo.
O suicídio é um fenômeno complexo e multicausal, de impacto individual e coletivo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades e pode ter como causa uma série de fatores, que vão desde os de natureza sociológica, econômica, política, cultural, passando pelos psicológicos e psicopatológicos, até biológicos. É um assunto sério e não pode ser tratado como tabu.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que no mundo, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente, sendo a quarta maior causa de mortes de jovens de 15 a 29 anos de idade.
As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2021), o número de suicídios no Brasil em 2020 foi de 12.895, em 2019, foram registrados 12.745 casos. Os estados que apresentaram maior número foram São Paulo, Minas Gerais e Porto Alegre.
No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio.
Saúde Pública
O número de suicídios no Brasil cresceu 11,8% em 2022 em comparação com 2021. Em 2022 foram 16.263 registros, uma média de 44 por dia. Esses dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho deste ano.
O suicídio é um problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo e continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, e é preciso uma articulação de setores e saberes para que ações de prevenção sejam bem sucedidas.
As razões podem ser bem diferentes, e é muito importante falar sobre o assunto, derrubar tabus e compartilhar informações ligadas ao tema para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha.
Um indivíduo em sofrimento pode dar certos sinais, que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos próximos, sobretudo se muitos desses sinais se manifestam ao mesmo tempo, mas eles não devem ser considerados isoladamente. Fique atento aos sinais.
- aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante pelo menos duas semanas:
- manifestações emotivas não devem ser interpretadas como ameaças nem como chantagens emocionais, mas sim como avisos de alerta para um risco real.
- preocupação com sua própria morte ou falta de esperança, confessam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal ou por meio de desenhos.
- expressão de ideias ou de intenções suicidas:
- Isolamento: pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer.
Outros fatores:
Exposição ao agrotóxico, perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado, conflitos familiares, perda de um ente querido, doenças crônicas, dolorosas e/ou incapacitantes, entre outros podem ser fatores que vulnerabilizam, ainda que não possam ser considerados como determinantes para o suicídio. Sendo assim, devem ser levados em consideração se o indivíduo apresenta outros sinais de alerta para o suicídio.
Apesar da complexidade de sua determinação, o suicídio pode ser prevenido com intervenções individuais e coletivas de diagnóstico, atenção, tratamento e prevenção a transtornos mentais, ações de conscientização, promoção de apoio sócio emocional, limitação de acesso a meios, entre outras.
O CVV (Centro de Valorização da Vida) é uma entidade sem fins lucrativos que atua na conscientização sobre a prevenção do suicídio desde 1962, e, juntamente com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), deu início à campanha do Setembro Amarelo no Brasil.
O CVV atende por telefone, chat, Skype, e-mail e pessoalmente, além de realizar atendimentos especiais em casos de eventos e catástrofes.
Dique 188 CVV – disponível 24 horas por telefone.
Existem outros canais onde você pode pedir ajuda, como nas Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde), UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais;
É importante pedir ajuda, e ajudar a quem a quem precisa. O suicídio pode ser prevenido e saber reconhecer os sinais de alerta pode salvar vidas.
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