Colatina em Ação – 23 de março de 2023
Policiais Penais, Civis e Militares, deflagraram na manhã desta quinta-feira (23), operação policial dedicada a desmantelar prática criminosa que envolvia a exploração econômica de presos trabalhadores do regime semiaberto, além da possível ocorrência de tráfico de drogas.
Nesta fase da investigação, foi dado cumprimento a 03 (três) mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Estadual da cidade de Colatina.
O trabalho é decorrente da cooperação entre a Polícia Penal, a Polícia Civil e a Polícia Militar e buscou de forma conjunta verificar os indícios iniciais que davam conta das irregularidades praticadas por servidores públicos no Hospital Silvio Avidos em Colatina.
O objetivo da ação de hoje, além do cumprimento das medidas judiciais, é colher elementos de prova que possam apoiar nas investigações em curso, bem como identificar outros suspeitos envolvidos ou ainda outros crimes eventualmente praticados.
Dois funcionários do Hospital Estadual Silvio Avidos, são suspeitos de fornecerem drogas para presos do regime semiaberto que trabalham na unidade. Eles foram levados para a Delegacia do município para serem ouvidos. No sótão do hospital foram apreendidas embalagens de drogas e material para o uso dos entorpecentes.
Um detento deixou o local algemado, pois com ele foi encontrado um aparelho celular – cujo uso por pessoas nesta condição é proibido por lei. A operação foi realizada pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e pelo Departamento de Investigação de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil após o recebimento de denúncias.
“A partir de denúncias de que presos do regime semiaberto que trabalham na obra do hospital estariam adquirindo drogas de pessoas no hospital e fazendo uso, nós pedimos mandados de buscas e apreensão para o hospital e nas residências desses funcionários. […] São dois funcionários, encarregados da vigilância e coordenação desses presos, que são os suspeitos de estarem comercializando essas drogas“, afirma o delegado Deverly Pereira Júnior, responsável pela investigação.
Entenda o caso
As investigações tiveram início no âmbito da Polícia Civil, a partir de informações da Polícia Penal e da Polícia Militar que davam conta que o responsável pelo núcleo de trabalho do hospital, que tem a função de coordenar a atividade laboral de presos do regime semiaberto, exigia vantagem indevida destes e de seus familiares sob a ameaça de desligá-los do programa de ressocialização a que estes estavam legalmente amparados a exercer.
Haviam informações ainda mais graves que davam conta que os servidores públicos utilizam parte do dinheiro extorquido para realizarem tráfico de drogas nas dependências do local, obrigando os internos a adquirirem os entorpecentes com traficantes de Colatina e Baixo Guandu e, na sequência, a vendê-los e a repassar os valores apurados.
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