Remanescentes Botocudos resistem no Vale do Rio Doce

Colatina em Ação – 06 de março de 2023

Os Botocudos foram um grupo indígena que habitava a região do Vale do Rio Doce, localizado no estado brasileiro de Minas Gerais. Eles foram uma das últimas tribos a serem contatadas pelos colonizadores portugueses no Brasil, no início do século XIX.

O Indígena (Apoema) Lucimar Gonçalves Rodrigues, de Ipanema, município mineiro que fica localizado no Vale do Rio Doce, é um dos Aimorés da tribo Botocudos com Guarani, que estão vivos.

Quando se considerava que os Botocudos que viveram a muitos anos atrás em Ipanema MG, estavam extintos, eis que ressurgiu no oculto os últimos remanescentes vivos.

A descoberta teve apoio de secretários municipais de Ipanema, e direção escolar, que fizeram um levantamento histórico, e descobriram por documentos e depoimentos que existia uma família dos últimos remanescentes da tribo vivos em Ipanema.

Essa família, Comunidade Indígena, mantém sua tradição, cultura e religião que não se perderam com os anos. Está ressurgência teve apoio dos povos Borum Kren Botocudos de Ouro Preto – MG .

O pajé da tribo, que também é o cacique, nomeou a sua tribo com o nome Borun Potxának.

Para Apoema, a descoberta dessa família, uma comunidade Indígena, é importante para o país e o mundo saberem. Um patrimônio histórico, municipal e imaterial da cidade de Ipanema – MG, que deve ser preservada para futuras gerações.

Formação da comunidade

A comunidade é formada pelo cacique também Pajé chamado (Apoema) Lucimar Gonçalves Rodrigues e o vice cacique de nome indígena, Oriba, Nelson Rodrigues Silvestre e mais 9 membros: Marcos Rodrigues Medeiros, Lívia Silva Medeiros, Luciana Rosa Mota de Souza, Cassiana de Souza Mota, Daniel de Souza Mota, Gustavo da Silva Silvestre, Jean da Silva Silvestre, José Rosa Mota, Sandra Rosa Mota, que formam o coletivo.

Depoimentos dos que realizaram o levantamento Histórico:

O Diretor da Escola Estadual, Coronel Calháu, Naime Mansur Macial, declarou a importância do resgate desse resgate histórico, realizado por meio de levantamento de documentos, e passar conhecimento e cultura para os jovens e ensinar a importância do indígena em nossa vida. Pois todo conhecimento alimentar que temos foi passado por esse povo rico em conhecimento.

A Secretária da Cultura de Ipanema, Mara Helena Silva Godoy, declara que resgatar a história e resgatar nossas raízes, pois a cultura nos transforma em pessoas cultas e sábias.

Para o Secretário de Agricultura do município, Antônio Miguel Bragança, a história da agricultura no nosso país, vem de conhecimentos ancestrais passado por indígenas como, por exemplo, a mandioca rica em vitaminas, passado para nós pelo povo indígena, como herança para nossa saúde alimentar e outros.

A única coisa que o cacique Lucimar Gonçalves Rodrigues reivindica é reconhecimento dos Botocudos da região de Ipanema MG, como um patrimônio histórico cultural imaterial municipal do Brasil.
Os Botocudos eram conhecidos por usarem botoques, ou discos de madeira, que eram inseridos em suas bochechas e lábios como forma de adorno. Essa prática, juntamente com o fato de que eles não falavam a língua portuguesa, os tornou muito diferentes dos outros grupos indígenas com os quais os colonizadores estavam acostumados a lidar.

A história dos Botocudos é marcada pela resistência à colonização. Eles foram alvo de diversos conflitos com os colonizadores, que tentaram subjugá-los e forçá-los a se integrar à sociedade brasileira. Além disso, os Botocudos também foram vítimas de doenças trazidas pelos europeus, que dizimaram grande parte de sua população.

O endereço da comunidade em Ipanema (MG), é Rua José Magalhães de Lacerda, nº 112, no bairro Nova Cidade, Ipanema MG. CEP: 36950000