Marcos Alexandre Mataveli de Morais gravou um vídeo comemorando a invasão, no meio do cenário de destruição deixada pelos terroristas no Palácio do Planalto.
Colatina em Ação – 09 de janeiro de 2023
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram Marcos Alexandre Mataveli de Morais, ex-vice-prefeito de Pancas, Noroeste do Espírito Santo, participando das invasões terroristas em Brasília na tarde de domingo (8).
Marcos foi eleito vice-prefeito da cidade de Pancas em 2012, pelo PPS, na chapa do prefeito Guima (Agmair Arajuo Nascimento), do PRP.
Diferentemente do que está sendo compartilhado nas redes sociais, Marcos Alexandre não é o atual vice-prefeito de Pancas.
No vídeo, Marcos aparece dentro do Palácio do Planalto e é possível ver vários outros bolsonaristas radicais no local, cadeiras jogadas e quebradas.
Durante o vídeo, Marcos comenta sobre a quantidade de gás lacrimogênio no espaço. Ainda é possível ver vários grupos subindo a rampa do Planalto e andando pelo palácio destruído.
A Prefeitura de Pancas informou que Marcos não é o vice-prefeito da cidade e reforçou que ele não tem nenhum cargo político na gestão atual.
Em nota, a administração municipal de Pancas declarou que “condena veementemente agressões às instituições e os crimes cometidos na tarde do último domingo por grupos radicais”.
“O indivíduo [Marcos Alexandre Mataveli de Morais] esteve vice-prefeito no município há sete anos, entre 2013 e 2016. Não tem nenhum vínculo, participação, ou qualquer ligação política com a atual gestão. Este executivo repudia a incitação e a realização de crimes previstos em lei e espera que a Democracia e o Estado de Direito saiam fortalecidos após o lamentável episódio”, disse a prefeitura.
Entramos em contato com Marcos, mas até a última atualização desta reportagem, não teve retorno.
Quais os possíveis crimes cometidos?
- Dano ao patrimônio público da União – crime qualificado. Pena: detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
- Crimes contra o patrimônio cultural – destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial. Pena: reclusão, de um a três anos, e multa.
Associação criminosa – associarem-se três ou mais pessoas para o fim específico de cometer crimes. Pena: reclusão, de um a três anos (pena aumenta se a associação é armada). - Abolição violenta do Estado Democrático de Direito – tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais. Pena: reclusão, de 4a 8 anos, além da pena correspondente à violência.
- Golpe de estado – Tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído. Pena: reclusão, de 4 a 12 anos, além da pena correspondente à violência.
Em Brasília, bolsonaristas são levados para ginásio da PF para triagem
Mais de 50 ônibus foram utilizados para carregar os bolsonaristas que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
Cerca de 1,2 mil bolsonaristas que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, foram levados para o ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal, na tarde desta segunda-feira, 9, após serem detidos em operação realizada pela Polícia Militar do Distrito Federal e o Exército.
A operação é decorrente de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o fim dos acampamentos após as invasões golpistas ao Congresso Nacional e os ataques ao Palácio do Planalto e à sede do Supremo.
Segundo o G1, mais de 50 ônibus foram utilizados para carregar os bolsonaristas, que foram inicialmente levados para a Superintendência da PF. Agora, no ginásio, os bolsonaristas formam uma longa fila e passam por triagem. Os bolsonaristas também foram revistados.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que “o pior já passou”, ao comentar as invasões ao Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal cometidas por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o ministro, cerca de 1.500 pessoas foram presas somente em Brasília (DF).
Em coletiva de imprensa na capital federal, o titular da pasta disse que o terrorismo praticado por bolsonaristas é a “materialização do discurso de ódio”. O ministro criticou a “irresponsabilidade criminosa” de quem financiou e estimulou os atos de vandalismo. De acordo com o ministro, “o extremismo foi derrotado”. “Teremos instauração de pelo menos três novos inquéritos: um para ataques ao Congresso, outro ao Planalto e outro de ataques ao Supremo Tribunal Federal. Apuração sobre financiadores, instigadores”.
Fonte: G1
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