Colatina em Ação – 21 de outubro de 2022
A ideia de se submeter a cirurgias de coluna causa preocupação em muita gente. Afinal, a coluna vertebral é responsável por sustentar todo o corpo, permitir movimentos dos braços e pernas e também a locomoção. Para muitos, uma operação nesse local causa medo. Mas a realidade é que cada vez mais os procedimentos podem ser realizados de forma minimamente invasiva.
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“Menos de 5% dos pacientes com dor ciática e hérnia de disco, por exemplo, deverão passar por um tratamento cirúrgico. A maioria absoluta dos casos apresenta boa resposta com o tratamento composto por medicamentos e fisioterapia. E, mesmo que a cirurgia seja necessária, a modalidade endoscópica confere maior segurança, menores cortes, menos sangramentos e recuperação mais rápida“, analisa o neurocirurgião Bruno Borlott.
Os procedimentos minimamente invasivos vêm ocupando papel de destaque no tratamento da dor. Com pequenas incisões ou pontos de acesso, sem necessidade de anestesia geral e com rápida recuperação, eles permitem resolução das dores crônicas através de procedimentos mais simples, muitos deles com alta no mesmo dia.
Confira 3 tipos evoluções no tratamento para dor na coluna que tornaram os procedimentos mais efetivos e com menor tempo de recuperação:
1) Bloqueio ou infiltração
Este é um procedimento realizado através da infiltração de medicamentos (anestésicos e corticóides) diretamente no local da coluna onde há um problema.
“O procedimento leva de 30 a 40 minutos, com anestesia local e o paciente tem alta imediatamente após o procedimento. O médico se guia pelo aparelho de raio-x para identificar onde estão localizadas as estruturas que causam dor ao paciente. Sabendo exatamente a localização delas, o profissional posiciona as agulhas e aplica a solução medicamentosa”, explica Borlott.
2) Rizotomia percutânea
Este também é um tratamento minimamente invasivo, indicado para pacientes com dores crônicas de coluna que também não responderam à abordagem conservadora (medicação associada à fisioterapia). Ela é indicada nos casos onde não há hérnia de disco, quando a dor é causada principalmente por artrose ou desgaste na coluna. Através de agulhas especiais posicionadas sobre as articulações facetárias, ondas de radiofrequência são emitidas, aquecendo a ponta da agulha e inativando os nervos relacionados à dor na coluna.
3) Cirurgia endoscópica de coluna
Para os casos de hérnia de disco que não responderam à abordagem conservadora ou até mesmo ao bloqueio, a cirurgia é o procedimento mais indicado. Atualmente, a modalidade endoscópica é a melhor opção, por suas vantagens frente à cirurgia tradicional, como menor incisão na pele, menor sangramento e tempo de recuperação reduzido.
“A cirurgia tradicional, com visualização direta da hérnia de disco, necessita de cortes maiores em estruturas como músculos, ligamentos e ossos, causando mais dor e maior tempo de recuperação. Na cirurgia endoscópica, normalmente, apenas um ponto de acesso é feito e é por ele que uma câmera vai permitir ao cirurgião visualizar, remover a hérnia e descomprimir a região. A incisão, normalmente, necessita de apenas um ponto e um pequeno curativo“, sinaliza o médico.
Bônus: neuromonitorização eletrofisiológica intraoperatória
Muita gente tem medo de se submeter a cirurgias de coluna com receio de sofrer danos permanentes, como a paraplegia ou a tetraplegia. Os médicos sempre salientam que toda cirurgia tem riscos, mesmo que baixos. E eles podem ser ainda mais reduzidos através da monitorização eletroneurofisiológica intraoperatória.
“Na maior parte dos procedimentos, não é necessário o uso dessa monitorização. Mas em alguns casos onde há um risco maior de lesão neurológica, existem equipamentos capazes de monitorar o paciente de maneira neurofisiológica, ou seja, avaliando a resposta do nervo simultaneamente ao ato cirúrgico, reduzindo o risco de lesões“, tranquiliza Borlott.
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