Colatina em Ação – 07 de outubro de 2022
Fator de risco para muitas doenças, a obesidade afeta a saúde de muitos brasileiros e a estimativa é de que atinja níveis ainda mais preocupantes nos próximos anos. Segundo previsões de um estudo realizado pelo Atlas Mundial da Obesidade em 2022 e divulgado pela Federação Mundial da Obesidade, é esperado que 29,7% da população adulta do Brasil sofra com obesidade até 2030. Deste total, 33,2% serão mulheres e 25,8% serão homens.
A data de 11 de outubro é lembrada como Dia Mundial de Combate à Obesidade. Entre as muitas patologias que são associadas ao problema, está o câncer. Segundo a médica oncologista Virgínia Altoé Sessa, da Oncoclínicas/ES, o excesso de gordura corporal causa uma inflamação crônica e aumentos nos níveis de alguns hormônios, gerando o crescimento de células cancerígenas, aumentando as chances de desenvolvimento de neoplasias malignas.
“A obesidade é a segunda causa evitável do câncer, perdendo apenas para o tabagismo. Por isso, é muito importante ter ciência dos males causados pelo excesso de peso corporal. Atividade física e boa alimentação são os principais cuidados para prevenir a obesidade“, explicou a médica.
Para a oncologista, as estimativas sobre a obesidade para os próximos anos são preocupantes, tendo em vista que o excesso de peso também virá acompanhado do aumento de comorbidades.
Entre os tipos de câncer relacionados à obesidade, estão os tumores de esôfago, estômago, pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama, ovário, endométrio e outros.
“Cada vez mais, estudos científicos evidenciam a relação entre câncer e obesidade e isso precisa servir de alerta para que as pessoas se cuidem, e que também sejam desenvolvidas políticas públicas de prevenção e combate a esta doença, com incentivo à prática de exercícios e tratamentos disponíveis para a população“, ressaltou a oncologista Virgínia Altoé Sessa.
O cirurgião do aparelho digestivo Gibran Sassine destacou que os tratamentos para a obesidade podem ser feitos com medicamentos e também com a cirurgia bariátrica, a depender da avaliação de cada caso.
“Felizmente, a medicina trouxe avanços importantes no tratamento da obesidade, mas por mais eficientes que sejam, é necessária que haja uma mudança de hábitos, que muitas vezes não é fácil. Por isso, a recomendação é que haja um tratamento multidisciplinar, para que corpo e mente estejam alinhados em prol do objetivo de perder peso“.
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