Colatina em Ação – 19 de setembro de 2022
Um médico de 53 anos foi preso na última quinta-feira (15) por suspeita de abusar de três pacientes homens durante consultas realizadas por ele. A prisão foi realizada no bairro Moacir Brotas, em Colatina, Noroeste do Estado.
Segundo informações da Polícia Civil, o suspeito pedia para que os homens tirassem a roupa para que ele verificasse uma suposta alergia, momento este em que ele abusava dos pacientes, sob o pretexto de estar passando pomada nas partes íntimas das vítimas.
Mais detalhes sobre o caso serão divulgados em coletiva de imprensa, a ser realizada nesta segunda-feira (19), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (19), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória, a titular da Delegacia de Polícia de Jaguaré, delegada Gabriella Zaché, detalhou o caso.
Segundo ela, o médico, sem especialidade comprovada, nem mesmo em clínica médica, atuava na unidade de internação mista do Hospital Municipal de Jaguaré, de 15 em 15 dias, entre sextas e domingos. Nos demais dias, atendia em um posto de saúde de Colatina, município onde reside e onde foi encontrado. As vítimas até agora identificadas são de Jaguaré e têm entre 30 e 40 anos.
“Recebemos três denúncias de vítimas que foram pacientes dele. Eles disseram que durante as consultas – um o procurou com dor de garganta, outro foi fazer uma sutura no braço, outro com febre -, o médico pedia que tirassem a roupa para ver se havia alguma alergia, e a partir de então pegava uma pomada na bolsa dele, dizendo que essas pessoas estavam com algo na parte íntima. A partir daí, passava um medicamento nas partes íntimas dos pacientes”, disse.
Para a autoridade policial, pelo fato de as vítimas serem homens, ficariam mais contidos de denunciar, não teriam coragem ou ficavam com vergonha. “Os hospitais têm protocolo para atendimento específico para partes íntimas, em que é preciso chamar uma outra pessoa para acompanhar este tipo de procedimento. Este suspeito não fazia isso, além de que não prescrevia nenhum medicamento, usava o que ele mesmo trazia”, contou.
Também em entrevista coletiva, o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, algumas vítimas relataram até toques retais sem necessidade. “Isso abate muito, a vítima se sente ofendida e ultrajada na honra dela. A nossa esperança é que outras vítimas compareçam para prestar depoimento”, disse.
Momento da prisão
Segundo a delegada, os policiais foram até Colatina, onde o encontraram em casa. O suspeito não reagiu à prisão, mas se mostrou surpreso. No interrogatório, no entanto, não quis falar, preferiu ficar em silêncio. Agora já se encontra preso preventivamente.
De acordo com Zaché, o homem deverá responder por crime de violência sexual mediante fraude, vulgarmente conhecido como estelionato sexual. A pena máxima do crime é de 6 anos, mas, neste caso, somam-se as penas de cada vítima.
“Nossa preocupação é que ele ia dar plantão na sexta-feira passada (16), então conseguimos realizar a prisão na quinta, dia anterior, para que ele não fizesse mais vítimas. Como atendia em cidade pequena, uma vítima foi atendida primeiro e achou estranha a conduta do médico. E aí depois que viu outra pessoa saindo, perguntou se tinha acontecido a mesma coisa. A outra pessoa confirmou e foram juntos à delegacia”, destacou a delegada.
Leia também ….
- Startup capixaba promove a inclusão de surdos no mercado de trabalho
- Vídeo | Botija de gás de carrinho de pipoca explode e vendedor fica ferido no norte do ES
- ELEIÇÕES 2022: eleitor pode tirar dúvidas sobre as eleições pelo WhatsApp
- Setembro Amarelo: Cuidar da saúde mental é entender nossos limites
- Justiça suspende eleição da nova mesa diretora da Câmara de Baixo Guandu