Colatina em Ação – 08 de março de 2022
Com voto contrário dos vereadores Alderino Gonçalves e Sueli Alves Teodoro, a Câmara Municipal de Baixo Guandu aprovou ontem o aumento salarial do prefeito Lastênio Cardoso de R$ 12 mil para R$ 23 mil, e dos vereadores de R$ 4,8 mil para R$ 7,5 mil. O projeto também eleva o salário do vice-prefeito para R$ 12 mil (era R$ 4,8 mil) e dos secretários municipais, que passarão a ganhar R$ 9 mil mensais.
Na mesma sessão, os vereadores aprovaram também, desta feita por unanimidade, a concessão de um ticket alimentação para os servidores, no valor de R$ 200 mensais; aumento do valor de diárias do prefeito, vice e servidores e ainda um vale gás para determinadas categorias.
A sessão da Câmara teve duração de quase 3 horas e, antes da votação dos projetos polêmicos de aumento salarial, o prefeito Lastênio Cardoso fez pronunciamento anunciando algumas obras para a cidade, entre elas a pavimentação da rua principal do patrimônio do Divino (Tamanco) e também da via que liga a BR-259 ao centro da cidade.
Polêmica
De imediato o aumento salarial do prefeito, vice e vereadores causou muita polêmica nas redes sociais, com muitas manifestações contrárias ao projeto especialmente pelo elevado porcentual aplicado. O prefeito, vice e secretários municipais, por exemplo, tiveram aumento próximo a 100%, enquanto os vereadores se contentaram com elevação de 56% nos subsídios.
Mesmo aprovado, o Projeto de Lei da mesa diretora da Câmara que aumentou os salários não esclarece a partir de quando isso vai ocorrer. Consta que o novo salário dos vereadores só pode ser aplicado na próxima legislatura (a partir de 2025, portanto), mas tudo indica que do prefeito, vice, secretários e outras categorias com cargo comissionado terá vigência imediata.
Os vereadores Alderino Gonçalves e Sueli Alves Teodoro, que votaram contra o aumento salarial, foram claros em sua posição e ambos estranharam que o projeto deu entrada em regime de urgência, na última hora, sem tempo para uma análise mais aprofundada dos vereadores.
O vereador Alderino lamentou que a Prefeitura tenha feito da Câmara Municipal um “puxadinho”, numa clara alusão da subserviência dos vereadores e considerou o aumento salarial totalmente inoportuno neste momento de dificuldades.
A vereadora Sueli também protestou contra o aumento salarial, explicando que o projeto foi apresentado aos vereadores na última hora, sem qualquer espécie de discussão. Sueli argumenta que não houve tempo para análise da matéria e seus impactos nas finanças municipais, preferindo votar também contra o Projeto de Lei.
Na justificativa para o aumento salarial, a Câmara argumentou que desde 2013 o prefeito, o vice, secretários e nem os vereadores tiveram qualquer tipo de aumento, ou seja, são 9 anos sem correção salarial.
A afirmação é verdadeira: durante todo o mandato de 8 anos do ex-prefeito Neto Barros, não houve correção salarial. Pelo contrário, Neto Barros chegou a diminuir em 10% o próprio salário e de cargos comissionados num período de dificuldades das finanças municipais, no ano de 2013, dando um aumento, em contrapartida, de 8% aos servidores efetivos do município.
Fonte: Folha 1
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