Big Data contribui diretamente nas transformações digitais na área da saúde beneficiando pacientes, profissionais da área e gestores. Saiba mais!
Colatina em Ação – 25 de fevereiro de 2022
A tecnologia está transformando profundamente processos em diferentes áreas e também é, em parte, responsável por diferentes avanços na medicina.
No cerne das transformações na área da saúde estão tecnologias como o Big Data, Inteligência Artificial (IA), Processamento de Linguagem Natural (PLN), automação, robótica e outras.
O que é Big Data?
Entre os pilares da transformação digital na saúde está o Big Data que, apesar de muito falado, nem sempre tem seus fundamentos esclarecidos.
O termo Big Data pode ser traduzido diretamente como “grandes dados” e trata-se do conjunto de técnicas que viabiliza a coleta, armazenamento e processamento de grande volume de dados.
Para ele ser possível é necessária à união de três elementos:
- volume: é preciso que haja a coleta de grandes volumes de dados para que a tecnologia possa ter saídas mais específicas e condizentes com a realidade;
- velocidade: apenas com elevada capacidade de processamento computacional é possível o funcionamento do Big Data, garantindo conclusões em tempo hábil;
- variedade: a técnica baseia-se ainda na coleta de dados estruturados e não-estruturados, de forma que o sistema resulte em uma leitura mais realista e completa.
Para que um sistema de Big Data seja colocado em funcionamento, portanto, pressupõe-se a coleta massiva de dados das pessoas, resultando em controvérsias quanto ao seu uso.
A proteção e segurança dos dados pessoais, especialmente de pacientes, deve ser uma preocupação constante ao adotar práticas de processamento de dados, garantindo, por exemplo, o sigilo.
Apesar dessas controvérsias justificáveis e que demandam atenção das instituições de saúde, profissionais da área e sociedade como um todo, há benefícios nas aplicações do Big Data na medicina.
Quais os benefícios do Big Data na medicina?
As aplicações do Big Data na medicina são diversas e promovem avanços que beneficiam pacientes, profissionais da saúde e também processos gerenciais.
Histórico do paciente
Com a integração entre Big Data e prontuários eletrônicos torna-se possível a coleta e análise de volumes de dados anteriormente inimagináveis para monitorar e acompanhar a saúde dos pacientes.
Diferentes dispositivos, como os relógios inteligentes, permitem coletar dados constantemente sobre aspectos como batimentos cardíacos, saturação sanguínea, glicemia, temperatura e pressão arterial.
Ao entrar em bancos de dados analisáveis, essas informações podem contribuir no diagnóstico, monitoramento de doenças crônicas ou mesmo ajudar na identificação de predisposições médicas.
Outro fator é a centralização de todas as informações médicas do paciente, contribuindo para abordagens mais personalizadas e também identificar ocorrências como intolerância a certos medicamentos ou princípios ativos.
Histórico familiar
Assim como o Big Data melhora o monitoramento de informações pessoais de saúde também viabiliza uma visão integrada e completa do histórico familiar.
Por meio desse serviço é possível identificar tendências a doenças genéticas e crônicas, como câncer, alterações cardíacas e vasculares, doenças degenerativas e outras.
Dessa forma, abordagens médicas apropriadas e monitoramento de determinadas patologias podem ser iniciadas precocemente, garantindo mais qualidade de vida aos pacientes.
Informações genéticas
O Big Data viabilizou o estudo genético ao permitir a interpretação de grandes cadeias de dados de forma que, atualmente, torna-se possível identificar a predisposição para determinadas doenças, como o câncer.
A viabilizar a análise de informações do DNA torna-se possível identificar a presença de determinados marcadores genéticos que indicam chances aumentadas de desenvolver as patologias, garantindo assistência médica precoce e personalizada.
Gestão em saúde
Ao usar os dados dos pacientes de forma anonimizada, as gestões hospitalares podem desenvolver estratégias mais acertadas para melhorar a qualidade de vida e atendimento aos pacientes.
Um exemplo é o mapeamento epidemiológico da comunidade atendida em busca de padrões que permitam identificar precocemente a existência de surtos que comprometam a saúde pública.
Também é possível monitorar aspectos da saúde da população, como tabagismo, sedentarismo, má alimentação e outros e desenvolver iniciativas que visam informar sobre hábitos e saúde.
Softwares médicos
O Big Data também tem beneficiado diretamente o desenvolvimento das atividades profissionais, como por meio dos softwares médicos para otimização das tarefas.
Um exemplo é o software de reconhecimento de voz para laudo que, para tornar-se mais assertivo, utiliza Big Data e IA para identificar o padrão de fala do usuário e aumentar a acurácia na transcrição do conteúdo ditado.
Para que o uso seja seguro, é fundamental que as aplicações sigam as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no que se refere ao sigilo, proteção de dados e segurança.
Portanto, as controvérsias relacionadas ao uso do Big Data ainda estão em pauta e precisam ser discutidas e solucionadas coletivamente, mas é fundamental reconhecer como essas e outras tecnologias têm agregado aos avanços na área médica e seu importante papel.
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