“Deus salvou meu filho, os médicos já tinham o desenganado, depois dele ter sido picado por um escorpião. Eles disseram que já tinham feito tudo que podiam, e que era só aguardar o óbito”. Charles, pai de Timóteo
Colatina em Ação – 18 de dezembro de 2021
Timóteo, o filho mais velho do casal Charles e Fernanda foi picado por um escorpião no dia 13 de setembro, por volta das 4h30 horas da manhã. Após 10 dias internado, Timóteo se recuperou, está em casa, junto com o irmão mais novo, Apolo.
A promessa
Junto com o pai, a mãe do menino Fernanda, e os amigos Raimunda de Barros Freisleber (a Dinha), Adélia Schneider Magalhães, Gilvanio Santos, José Augusto de Moraes da Cunha e Harlen Paulo Pereira, também fizeram parte do momento de fé, que segundo eles, atraiu muita gente pelo percurso. “Por onde passávamos, éramos bem recebidos e cumprimentados por moradores, que até choraram, foi muito bonito e emocionante”, disse Charles.
Durante o trajeto, sol e chuva e cinco paradas para dormir, com chegada na casa da família. “”Me perguntaram por que finalizei a caminhada em minha casa e não em uma igreja. O padre Francisco fala da Igreja Doméstica, e a minha casa reflete isso. É onde a gente mora, onde construímos nossa família”, explica.
A caminhada para pagar a promessa começou no último dia 8 e terminou no dia 13, nesta segunda-feira. O Charles e os amigos que seguiram junto no percurso, tiveram apenas calos nos pés, já marcas da cruz nas costas do lavrador, nada. “Por incrível que pareça, somente tivemos as bolhas, a fé em Deus nos amparou o tempo inteiro”, disse Dinha a amiga que também participou do trajeto.
Leia o relato do pai na íntegra
“Dia 13 de setembro, por volta das 4h30, Timóteo foi picado por um escorpião. Fiz o que qualquer pai deveria fazer, mas naquele momento percebi que meu filho tinha sido picado por um escorpião, algo dentro de mim me fazia agir, numa agilidade de socorrer meu filho, não pensei o que deveria fazer, uma força agia em mim.
Não me desesperei no momento, corri com meu filho mais novo nos braços e minha esposa com Timóteo. Entrei no carro enquanto minha esposa pegava os documentos; deu para rezar um Creio em Deus Pai jogando água benta nos pés dele, algo me fazia agir assim.
O que eu poderia fazer depois de dois minutos era dirigir o carro; fiz com o carro coisas que eu nunca imaginei fazer. Só pedia a Deus que o carro não flutuasse e rodasse e que o caminho tivesse livre, e o resto me deixava fazer através da Sua graça! E percorremos 29 km, foram 19 minutos até o hospital.
No caminho, a Fernanda dizia que era para eu fazer alguma coisa e eu dizia em voz baixa, para mim mesmo: ‘o que eu posso fazer, já estou fazendo’, e pedia a Deus somente que o carro não flutuasse e não rodasse, e acelerava, e eu tinha convicção que Deus estava guiando aquele carro, quando em uma curva quis agir por mim, foi que eu vi que tinha que deixar a minha mente guiar meu corpo.
Timóteo chegou ao hospital desmaiado. E ao dar entrada no hospital, o atendimento foi imediato; foram quase 40 minutos para conseguir encontrar uma veia, e as horas se passavam.
Eu e a Fernanda estávamos na sala de atendimento e a doutora disse três vezes, três frases, a primeira foi: o que tinham que fazer, já fizemos. Minutos depois: a qualquer momento ele irá a óbito. Minutos se passaram, e ela disse: vocês demoraram muito a trazê-lo! Minutos adiante ela chamou e disse: a qualquer momento ele pode ir a óbito, tenho que preparar vocês”.
Ele prossegue:
“Não está tendo vaga na UTI? Perguntei ao médico. Conseguiram à meia-noite! Estávamos em Colatina, no Hospital São José; o médico disse a mesma coisa, que o caso do Timóteo era grave, muito grave! Qualquer momento pode dar uma parada cardíaca; ele estava com 189 batimentos por minuto. A gente rezava, muita gente rezava, e bota muita gente nisso!
Eu e a Fernanda rezamos com a imposição das mãos sobre ele e pedimos a Deus pela vida dele, rezava pelo anjo, e pedia a intercessão de Santa Gianna para Timóteo e os médicos.
Durante dias, eu dormia até à meia noite e depois o sono não vinha, então eu rezava o Terço, para que ele tivesse força, eu terminava um e começava o outro até amanhecer!
Fiz uma promessa, um compromisso, que eu ia carregar uma cruz acima de dois metros, do hospital até em casa (no Córrego das Flores); numa noite em que eu rezava o terço, confirmei a promessa, fui até à matriz de São Pedro, coloquei as mãos no altar e reafirmei o meu compromisso.
Minha fala com Deus foi que carregaria uma cruz acima de 2 metros, através dela testemunhando-Te.
Estou feliz por Deus dar a graça do pedido de muitas pessoas que intercederam através de suas Orações e Devoções Marianas e Santos de devoção, intenções e Orações nas Missas e Cultos. Deus ouviu”.
[Santa Gianna Beretta Molla foi uma médica italiana casada e mãe de quatro filhos, considerada a santa protetora dos filhos].
Fonte: Site A Parresia
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