Investigação foi iniciada pelo Serviço Secreto americano, que acionou Brasília e chegou às polícias civis de três estados, incluindo o ES. O adolescente disse à polícia que começou a planejar os ataques após tirar notas mais baixas.
Colatina em Ação – 02 de novembro de 2021
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), em ação com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Polícia Civil do Pará (PCPA), deflagrou, nesta quinta-feira (02), a Operação Escola Segura, para cumprir mandados de busca e apreensão e identificar pessoas que seriam responsáveis por planejar ataques em escolas no Espírito Santo, Minas Gerais e no Pará.
A operação foi coordenada pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (SEOPI-MJSP), por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab). As investigações tiveram início no Serviço Secreto da Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, Distrito Federal, a Homeland Security Investigations (HSI).
Planejando ataque
De acordo com as investigações, um menino de 13 anos, morador de Cariacica, havia tido interesse em realizar um ataque contra uma escola, após ter notas baixas. Com este intuito, ele começou a procurar na internet pessoas que se identificavam com o propósito dele. Dessa forma, encontrou outro adolescente, de 15 anos, morador de Minas Gerais, que também estaria planejando um ataque em uma escola no próprio estado dele.
“Ele começou a navegar na internet e a pesquisar sobre outros atentados que aconteceram. Pesquisou sobre um rapaz de Realengo, no Rio de Janeiro, e de Suzano, em São Paulo. Eram pessoas que tinham o mesmo interesse que o adolescente e ele entrava em contato com esses indivíduos para iniciar um diálogo”, disse o titular da Divisão Especializada de Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade.
As informações passaram por Brasília e as investigações foram iniciadas no Espírito Santo. O adolescente foi identificado e o mandado de busca e apreensão domiciliar cumprido. O delegado explicou que não se tratava de uma brincadeira e sim de um problema psicológico.
Incitação ao crime
“Era um adolescente que aparentemente tinha uma vida normal, mas com pensamentos suicidas e homicidas. Os pais do menino nos agradeceram, por possibilitar que eles pudessem tomar as providências psicológicas e psiquiátricas”, relatou o delegado.
Na residência do menino de 13 anos, os policiais encontraram o celular dele e um simulacro de madeira. O adolescente não foi apreendido, mas está sendo investigado por incitação de crime, pois incentivava outras pessoas a cometerem o delito, tratando-se de apologia ao crime. O adolescente também enaltecia outros criminosos que morreram em outros atentados. As investigações continuam e, posteriormente, serão encaminhadas à Justiça.
Além do menino de 13 anos, outros dois jovens também estão sendo investigados. Um adolescente de 15 anos de Minas Gerais e uma jovem de 21 anos do Pará.
Quando for concluído, o processo será encaminhado para a Vara da Criança e Juventude de Cariacica.
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