Portal Colatina em Ação – 22 de julho de 2021
O que elas não esperavam é que o dia a dia na roça iria fazer tanto sucesso! Com mais de 12 mil seguidores no Instagram, as ‘Irmãs Amazonas’, como são conhecidas as jovens fazendeiras Valeska e Natieli Sperandio, de 30 e 34 anos, estão conquistando cada vez mais admiradores dos trabalhos que realizam na propriedade Córrego Olho D’água, em Baunilha, distrito de Colatina, Noroeste do Espirito Santo.
“Nós entramos no Instagram por sermos jovens, mulher e também para mostrar que o trabalho do povo do interior pode sim ser reconhecido, como aconteceu com a gente!”, comemorou Natieli.
As irmãs, que tocam a produção leiteira da fazenda, são empreendedoras assumidas e possuem até slogan “Firmes na lida, firmes no gole”. Antenadas nas questões jurídicas, registraram a marca “Irmãs Amazonas” e criaram camisa e boné personalizados, acessórios úteis e muito usados por produtores rurais.
Mas a história das “Irmãs Amazonas” nem sempre foi marcada por glamour e glória não! Desde que assumiram a administração da fazenda depois da morte do pai, há 16 anos, venceram muitos desafios, inclusive o preconceito vivenciado por muitas mulheres que comandam atividades no campo.
“No início eles falavam que a gente não ia conseguir tocar a fazenda, que íamos vender tudo e ir embora para a cidade. Mas não foi nada disso que aconteceu. Hoje temos poder de negociação e conquistamos respeito”, destacou Valeska.
Profissionalismo e comprometimento! Para dar conta da produção diária de 330 litros de leite, as “Irmãs Amazonas” acordam ainda no escuro, às 4h30 da manhã e o trabalho somente termina com a ordenha das vacas no fim da tarde.
Para o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) Paulo Foletto, a iniciativa das jovens fazendeiras deve ser comemorada. “A principal queixa da mulher do campo é a invisibilidade social e a falta de reconhecimento do papel importante que ela exerce. Sabemos que a mulher é a responsável por manter a estrutura da agricultura familiar. Iniciativas como as das “Irmãs Amazonas” contribuem para a inserção feminina no mercado agrícola, garantindo renda e autonomia econômica para muitas mulheres capixabas”, destacou.
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