Portal Colatina em Ação – 25 de junho de 2021
Nesta quinta-feira (24), uma equipe da Terceira Companhia do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) recebeu informações de moradores da comunidade de Barra Seca, em São Mateus, referentes uma ave de rapina, pertencente à fauna silvestre brasileira, conhecida como Carcará, que apareceu recentemente na comunidade, apresentando comportamento dócil, voando e andando, livremente, pelas ruas do bairro, em meio à população, correndo o risco de ser ferida por algum animal doméstico.
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Diante das informações, imediatamente, a equipe se deslocou para o atendimento da solicitação, sendo que, no início da noite, após diversas tentativas, a ave foi recolhida com sucesso. O resgate do animal foi complexo e, praticamente transcorreu durante todo o dia, tendo em vista que a ave estava em campo aberto e, apesar de dócil, sempre ficava desconfiada quando ocorria a aproximação dos policiais, voando para outros pontos, sendo necessário reiniciar a aproximação.
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O Carcará, também conhecido como Caracará ou Carrancho é uma espécie de ave rapina da família dos falconídeos e ocorre em quase todo o Brasil, podendo ser avistado, inclusive, dentro de centros urbanos. É um predador por excelência e tem uma dieta muito variada. Se alimenta de carniça, outras aves, répteis e até minhoca. Quando adulto, ele pode chegar aos 60 cm de altura e sua envergadura pode atingir os 123 cm.
Segundo o comandante da Terceira Companhia do BPMA, capitão Fabrício Pereira Rocha, este é o segundo Carcará resgatado pela Subunidade Ambiental, num período de 10 dias, no município de São Mateus. O resgate anterior foi realizado em uma residência do balneário de Guriri, no dia 14 de junho.
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“Em ambas as situações, foi observado pelos militares que as aves possuíam anilha em uma das garras, com a identificação do CETAS-IBAMA. Ato contínuo, após contato com aquele órgão, a subunidade foi informada de que estes animais possuíam histórico de terem sido criadas irregularmente em cativeiro e que, após passarem por uma readaptação, foram reintroduzidas ao seu habitat natural nos remanescentes de mata atlântica do norte do Espírito Santo, em pretérito recente, e que, em virtude de terem se reaproximado das zonas urbanas, em busca de água e alimento, o processo de readaptação não obteve êxito, tendo as aves reapresentado o comportamento dócil de quando eram criadas em cativeiro”, enfatizou o oficial.
As aves foram encaminhadas ao Centro de Reintrodução de Animais Selvagens (CEREIAS), no município de Aracruz, para os cuidados médicos veterinários, e possivelmente serão enviadas a um jardim zoológico ou criador autorizado, a fim de que possam continuar suas vidas normalmente.
Dessa forma, a Polícia Militar Ambiental cumpre o seu papel perante a sociedade capixaba, tendo o dever de proteção e manutenção da fauna silvestre brasileira no nosso Estado, atuando no combate aos crimes ambientais, sempre em defesa da vida e do meio ambiente.