Texto Opinião da Jornalista Maria Tereza Paulino – 03/07/2020
Está preocupante o comportamento da população colatinense em geral. Está faltando a compreensão dos colatinenses sobre o seu papel no combate ao coronavírus no município. O número de casos continua crescente e as mortes também.
O povo tem que entender que se sair de casa é só para comprar o extremamente necessário, e não supérfluos que podem ser adquiridos depois que a pandemia passar. Além disso, é tempo de economia. Também não adianta pensar que ele pode manter a sua rotina de antes da pandemia. Não pode.
Não adianta negar a realidade. Tem que se adaptar assim ao novo normal até que tudo realmente volte ao normal. Ao normal de verdade. E tudo vai voltar ao normal de verdade, com a contribuição de cada um, com todos contribuindo. Não adianta fingir. Não adianta ser egoísta. Não adianta então ser ganancioso.
Vive em sociedade
O vírus não quer saber disso. O colatinense tem que compreender afinal que ele vive em sociedade, e não vive só. Tem que compreender que tudo é um círculo vicioso. Se prejudicar um, vai então prejudicar todos. Se ele sai de casa, tem aglomeração e os números de casos e de mortes aumentam. Não adianta insistir, não adianta impor. Ele tem que ter responsabilidade consigo e com o outro.
Colatina continua tendo os piores índices de isolamento social do Estado. A situação é perigosa para todos. Não adianta querer quebrar este círculo vicioso sem fazer isolamento, sem pensar no outro, porque vai continuar perdendo.
Quem vai perder sempre é a população. O isolamento é fundamental, e a única arma para vencer o inimigo perigoso que está aí à espreita nas ruas, nas esquinas. E depois ele vai para a casa de alguém. Tem que fazer esforço hoje, para depois afinal tudo voltar ao normal de verdade.
O que sente o outro
O colatinense precisa ter empatia, se colocar no lugar do outro para sentir então o que o outro está sentindo. Compreender, de verdade, os sentimentos e emoções, do outro e respeitar isso. Procurar experimentar de forma objetiva e racional o que sente o outro.
Precisa participar dos esforços que estão sendo feitos pelo Governo do Estado, pela Prefeitura, os profissionais de saúde, as autoridades sanitárias, e os parceiros.
Precisa contribuir e ser responsável consigo mesmo e com sua família, mas também com os vizinhos, com os amigos, com a cidade. Precisa participar da corrente de solidariedade, que continua se quebrando porque tem muita gente se recusando a juntar os elos que faltam para que essa corrente fique inteira e forte, e seja forte o bastante para derrubar o vírus.
O colatinense precisa deixar de ser menos egoísta. Parar de sair de casa. Será por pouco tempo se fizer a sua parte, até que tudo passe. Não serão apenas as leis e uma grande equipe de fiscalização que vão conter as aglomerações e o avanço do vírus, sem o envolvimento de todos. Por enquanto todos estão perdendo.
Quem acredita em futuro em meio a uma pandemia desta, sem que não tenha cuidado, sem que não tenha que dar a sua parte? Quem faz planos? Quem quer voltar a sair nas ruas, frequentar as praças, ver as crianças nos parques? Quem não quer voltar a trabalhar, ver os filhos voltarem às escolas? Quem quer voltar a abrir suas empresas com segurança, e poder vender? Isso tudo pode acontecer, se houver o futuro. E só vai haver futuro se não tiver vírus rondando as vidas de todos. Destruindo vidas. Destruindo o futuro. O futuro afinal só vai existir se todos quiserem de verdade.