Portal Colatina em Ação – 11/06/2020
Não é um antiviral, nem uma vacina. A opção do tratamento com terapia de anticorpos vem ganhando respostas na corrida científica
Não é um antiviral, nem uma vacina. A opção do tratamento com terapia de anticorpos vem ganhando adesão na corrida científica para o combate ao novo coronavírus. O laboratório Eli Lilly Co. afirmou que já avançou no desenvolvimento do medicamento e que poderia estar disponível para o uso a partir de setembro deste ano.
O chefe de investigação do laboratório, Daniel Skovronsky; informou à Reuters que já estão na fase de testes pré-clínicos duas terapias com os chamados anticorpos monoclonais, que são anticorpos reproduzidos em laboratório. Nas próximas semanas, a expectativa é que se iniciem os ensaios clínicos em humanos.
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Os estudos identificaram que o tratamento com estes anticorpos desenvolvidos para combater o Covid-19 são provavelmente mais eficazes do que medicamentos antivirais que estão sendo testados; e também mais rápidos do que as vacinas. A terapia tem a vantagem, ainda, de cumprir, ao mesmo tempo, duas funções: tanto tratar os contagiados, como servir de prevenção para a doença.
Tratamento na população
Conforme o cientista-chefe da Lilly afirmou a liberação do uso destes medicamentos com anticorpos pode ser rápida, caso os resultados obtidos nos testes clínicos sejam positivos. “Se em agosto ou setembro, os pacientes que foram tratados [com os anticorpos] não tiverem um quadro de progressão da doença para a hospitalização, isso seria então um dado poderoso, podendo autorizar de forma emergencial o tratamento na população”.
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A Lilly foi um dos laboratórios que anunciou os testes em pacientes com a terapia de anticorpos monoclonais. Um deles está sendo desenvolvido em parceria com o laboratório de biotecnologia do Canadá, AbCellera, e outro com a farmacêutica chinesa Shanghai Junshi Biosciences.
Ambos atuam impedindo assim a fase da camada proteica do vírus, em que o vírus utiliza para entrar nas células humanas e se replicar. Um terceiro tipo de tratamento com anticorpos também está sendo testado; mas atua em uma fase diferente do vírus, o que o obriga a ter que combiná-lo com os outros anticorpos.
Somente um dos anticorpos
“É bom ter os dois anticorpos [combinados]. Mas a desvantagem é que a fabricação fica restrita, tendo uma capacidade limitada de produção. Se for necessária a combinação dos dois anticorpos, metade do esperado de pessoas poderá ter acesso ao tratamento”; informou o cientista, argumentando que o laboratório aposta na eficácia do tratamento com somente um dos anticorpos.
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Neste último caso, comprovada assim a eficácia de um único tipo de anticorpo, a Lilly informa que terá capacidade de produção de centenas de milhares de doses até o final do ano.
E se o tratamento não funcionar, a empresa informou então que disponibilizará sua capacidade de plantas e laboratórios nos Estados Unidos e na Irlanda para ajudar a produzir o tratamento que se mostrar bem-sucedido por outra empresa.
Fonte: Jornal GGN