Redação Colatina em Ação – 08/04/2020
De dentro de unidades prisionais sai o apoio para prevenção ao novo Coronavírus (Covid-19). Máscaras em tecido, recomendadas para pessoas não infectadas, estão sendo confeccionadas no Centro Prisional Feminino de Colatina (CPFCOL) e no Centro de Detenção Provisória de Aracruz (CDPA).
Em Colatina, a direção tomou a iniciativa de confeccionar máscaras e de distribuir kits de higiene pessoal para servidores. Mais de 60 servidores foram contemplados e a produção continua para ofertar à equipe de outros presídios.
Em Aracruz, a produção se faz a partir da doação dos insumos para confecção das máscaras e os internos que participam do projeto estão sendo qualificados por uma voluntária. O material recebido será utilizado na confecção de cerca de 5 mil peças que serão distribuídas entre os servidores da unidade, instituições e asilos do município.
A subsecretária de Ressocialização da Sejus, Roberta Ferraz, explica que a Secretaria está adquirindo a matéria-prima para que mais máscaras; possam ser confeccionas de larga escala e ressalta a satisfação pelo movimento já iniciado nas unidades.
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“Estamos enfrentando um momento de dificuldades e também de solidariedade. Ao mesmo tempo que lidamos com a doença e com o isolamento, vemos iniciativas que buscam amenizar seus contratempos. Algumas unidades foram proativas e tinham os equipamentos para iniciar uma produção, outros conseguiram parceiros e voluntários, e a ideia foi abraçada pelos internos.
Esperamos em breve dar uma contribuição ainda maior e ajudar a conter essa doença, lembrando sempre que as máscaras em tecido são complementares aos cuidados da higienização das mãos e do isolamento social”, reforça a subsecretária.
Uso de máscaras em tecido
O Ministério da Saúde orienta que máscaras de modelos simples, em pano, também funcionam como barreiras na propagação do novo Coronavírus.
Para garantir sua eficiência, é preciso que a máscara em tecido siga algumas especificações: que tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face e que seja individual. A recomendação do é que a máscara cubra totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.
As máscaras em tecido podem ser usadas por cerca de duas horas e devem então ser lavadas com água sanitária sendo deixadas de molho por cerca de dez minutos. O uso da máscara não substitui as recomendações da higienização das mãos com água e sabão, ou álcool em gel. Mesmo assim com o uso das máscaras em tecido, é recomendado que não se leve a mão ao rosto.
Prevenção à doença nos presídios
A Sejus elaborou um protocolo contra a doença que é seguido por todas as unidades prisionais do Estado. O documento estabelece as diretrizes de cuidado com a saúde e higiene dentro das instalações. As atividades escolares e os cursos de qualificação profissional estão suspensos, assim como a assistência religiosa, que é executada por voluntários de diversas denominações religiosas.
Na última semana, considerando o crescimento dos casos no Espírito Santo, a Secretaria determinou a suspensão das visitas aos detentos e dar então atividades laborais externas dos custodiados.
A higiene do ambiente de trabalho, que já é feita de forma constante e regular, tem sido assim reforçada neste período. Fonte: Sejus