Redação Colatina em Ação – 05/11/2019
O estudante Matheus Ulisses de Andrade Rodrigues, de 26 anos, morto após ser eletrocutado enquanto consertava um ventilador na última quarta-feira (30/10), no interior de São Paulo, chegou a ser alertado pela namorada do perigo que corria antes de levar o choque.
A namorada do jovem, Lediane Regina de Queiroz Gomes, de 22 anos, disse que durante uma conversa por Whatsapp, ele chegou a tranquilizá-la. “Não tem perigo”, afirmou. Depois disso, no entanto, Matheus não respondeu mais às mensagens da namorada.
“Logo em seguida me ligaram avisando do que tinha acontecido e fui direto para lá, mas ele já tinha morrido”, disse Lediane, que estava trabalhando em uma cidade próxima a Iporanga, mas pretendia voltar a morar no local após o término do contrato.
“Estávamos juntos há oito anos e tínhamos planos de casar e morar juntos depois que ele se formasse no Instituto Federal, daqui há dois anos. Eu ainda choro muito”, desabafa Lediane.
Segundo a Polícia Militar, Matheus Ulisses foi eletrocutado ao tentar arrumar o ventilador de casa com um alicate sem a proteção de borracha. Ele estava sozinho em casa no momento do choque. Pouco depois, ao chegar em casa, a mãe o encontrou desacordado e acionou a emergência de saúde da cidade. Quando as equipes chegaram ao local, já o encontraram morto.
Choques elétricos
De acordo com a Associação Brasileira de Conscientização Para os Perigos da Eletricidade, em cinco anos mais de quatro mil pessoas morrerem no Brasil vítimas de choques elétricos.
Acidentes acontecem com mais frequência dentro de casa.
Essas mortes podem ser facilmente evitadas com um conhecimento básico sobre a rede elétrica, uso de equipamentos de segurança e dispositivos que evitam o curto circuito.
Mário Sérgio Coimbra, especialista em energia e professor do Instituto Federal de São Paulo, explica que no caso dos eletrodomésticos o choque acontece porque a carcaça é eletrizada, o que requer muito cuidado.