Colatina em Ação
  • Inicio
  • Brasil
  • Cultura
  • Educação
  • Polícia
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Fale conosco
Nenhum Resultado
Ver Todos os Resultados
Colatina em Ação
  • Inicio
  • Brasil
  • Cultura
  • Educação
  • Polícia
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Fale conosco
Nenhum Resultado
Ver Todos os Resultados
Colatina em Ação
Nenhum Resultado
Ver Todos os Resultados
Inicio Brasil

Dia Mundial do Pão: conheça um pouco da história do produto no Brasil

Colatina em Ação por Colatina em Ação
16 de outubro de 2019
Em Brasil, Cultura
0
Padaria Santa Tereza, a mais antiga de São Paulo, localizada na praça Doutor João Mendes.

Padaria Santa Tereza, a mais antiga de São Paulo, localizada na praça Doutor João Mendes.

74
COMPARTILHAMENTOS
1.2k
VISUALIZAÇÕES
Compartilhar no FacebookCompartilhar no Twitter

Redação Colatina em Ação – 16/10/2019

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Pão francês, pão rústico, bengala, filão, pão caseiro, pão de cereais, ciabatta, bisnaguinha, pão sírio, pão doce, pão australiano, pão de forma, pão italiano, pão integral… O pão é um dos alimentos mais tradicionais em todo o mundo. Para homenagear essa iguaria tão variada, tão popular e tão consumida, foi criado o Dia Mundial do Pão, celebrado hoje (16). O dia foi instituído em 2000, em Nova York, pela União dos Padeiros e Confeiteiros.

A história do pão é antiga. Ele teria surgido há mais de 6 mil anos, quando os egípcios descobriram a fermentação do trigo. Ali ele era considerado um alimento básico e era um símbolo de poder. Os pães preparados com trigo de qualidade superior eram destinados apenas aos ricos. Os egípcios se dedicavam tanto ao pão que se tornaram conhecidos como “comedores de pão”.

“É importante lembrar da importância que o pão tem para a humanidade. Desde os primórdios, os grãos eram consumidos de forma bruta, comidos crus. Posteriormente, alguns historiadores falam que, por acidente, os pães – que eram formados numa pasta mascada na boca, pasta essa feita de mingau – caíram em cima de uma pedra quente, em uma fogueira e, a partir dali, se gerou uma massa assada”, conta o especialista e historiados sobre pão, Augusto Cezar de Almeida, em entrevista à Agência Brasil. Almeida é autor de diversos livros como A História da Panificação Brasileira – a Fantástica História do Pão e da Evolução das Padarias no Brasil e do Dicionário da Panificação Brasileira. Ele também é editor da revista Panificação Brasileira.

Quando o homem começa a controlar o processo de fermentação, a técnica de fazer pão se aprimorou e se espalhou pelo mundo. “No começo da história, tinha muita rejeição àquilo que fermentava porque dava ideia que estava estragando. Quando se teve controle, com Pasteur [Louis Pasteur, cientista francês, 1822-1895], que foi um estudioso que conseguiu controlar e entender o processo fermentativo, essa ação da fermentação passou a se propagar de forma mais controlada, mais industrial”.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O pão no Brasil

Almeida conta que o produto chegou ao Brasil por meio dos portugueses: “Para se ter ideia, o primeiro documento que narra um brasileiro consumindo pão foi a carta de Pero Vaz de Caminha. Quando as naus [portuguesas] chegaram em território brasileiro, elas traziam pães.

Os índios então provaram, pela primeira vez, aquilo que era totalmente estranho, que era o pão. E a reação dos índios não foi lá muito favorável porque eles não estavam habituados a consumir aquele tipo de produto. Os produtos que se consumiam aqui eram derivados da mandioca e típicos da região”.

Os pães que foram provados pelos índios eram muito rústicos e, pela longa viagem, provavelmente eram duros também. “Por isso não deve ter sido muito fácil aceitar”, diz Almeida.

Mas com o plantio do trigo, que teria sido iniciado pelas sementes trazidas por Martim Afonso de Souza [nobre e militar português, 1490-1570], é que o hábito de comer pão começa a crescer no país. “A primeira narrativa que se tem aqui [no Brasil] de trigo foi com Martim Afonso de Souza, lembrando das Capitanias Hereditárias.

Ali, o militar Martim Afonso de Souza se tornou donatário da Capitania de São Vicente, primeira capitania que tivemos no Brasil. Ele também era governador da Índia, muito próxima das regiões árabes, e ele trouxe sementes de trigo para o Brasil. São duas narrativas que pouco se fala aqui: primeiro, que o pão foi provado pelos índios nas naus portuguesas. E, segundo, que o trigo foi trazido pelo Martim Afonso de Souza”, conta o historiador.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Padarias

No ano passado, havia em todo o país 70.523 padarias, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip). Mais de 14 mil delas estavam localizadas no estado de São Paulo. A maior parte dessas padarias, cerca de 95% do total, são micro e pequenas empresas familiares.

A primeira delas pode ter surgido no Rio de Janeiro. Ou em São Vicente, no litoral paulista. Mas há poucos dados ou registros sobre isso. Com isso, a padaria que ficou conhecida como a mais antiga do Brasil é a Santa Tereza, localizada na região da Praça da Sé, em São Paulo. A Santa Tereza foi fundada em 1872.

“Debret [1768-1848], um [pintor e desenhista] francês que veio junto com a Família Real, fez uma série de ilustrações que falaram sobre algumas características da época. E uma das gravuras que ele faz é de uma padaria onde a moagem do trigo era feita dentro dela. Ali se moía e se fazia a farinha. A narrativa do Debret fala ainda que os pães feitos pelos franceses no Rio de Janeiro não eram iguais aos da França”, contou o historiador.

“A França historicamente tem pães de uma casca mais grossa, feito com fermentação mais longa. São pães mais compactos. No Brasil, já tivemos o período dos filões, com densidade maior, mais pesados; e das baguetes, que eram pães mais parecidos com os da França. Porém não tinham os mesmos componentes e nem o tipo de fermentação que era feito lá na França”.

“As padarias, no passado, eram consideradas indústrias na cidade. Elas fabricavam biscoito, bolachas, vários produtos que eram vendidos para outras regiões próximas. Bolachas e biscoitos são produtos que não se estragam facilmente. As padarias tinham capacidade industrial e empregavam muitas pessoas. Depois surgiram as indústrias de biscoito e massas. Tem muitas histórias de grandes indústrias hoje no mercado brasileiro que surgiram de padarias”, contou o historiador.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Pão francês

Almeida conta que o pão branco, com um miolo úmido, revestido por uma casca fina, dourada e levemente crocante, composto por água, farinha de trigo, sal e fermento, e mais conhecido como pão francês – o nome varia conforme a região do país –, é o mais consumido pelos brasileiros. Entre os produtos de panificação, a venda de pão francês corresponde atualmente, segundo a Abip, a 45% do total comercializado nas padarias.

No entanto, ele vem perdendo espaço para a imensa variedade de pães que existem hoje: “O pão francês percentualmente está perdendo a sua importância – não porque está deixando de ser consumido, mas porque outros tipos de pães estão crescendo no consumo como os integrais ou com cereais”.

“Os primeiros registros com o nome de pão francês são da época de Debret, na época da Família Real presente no Brasil. Mas entendo mais isso como o pão francês feito pelos franceses, já que as características não eram tão iguais assim. Se procurar o pão francês como temos no Brasil, na França, não vamos encontrar”, diz o especialista. Fonte: Agência Brasil

Tags: dia mundial do pãopão caseiropão de cereaispão francespão sírio
Compartilhamento30Tuitar19
Colatina em Ação

Colatina em Ação

Jornalista levando informações de Colatina para o mundo.

Leia também ...

Festival Parque Aberto movimenta fim de semana no Parque Cultural Casa do Governador com música, arte e sustentabilidade

por Colatina em Ação
4 horas Passado
0
Festival Parque Aberto movimenta fim de semana no Parque Cultural Casa do Governador com música, arte e sustentabilidade. Foto: Secult

O Parque Cultural Casa do Governador, localizado na Praia da Costa, em Vila Velha, realiza no próximo fim de semana, dias 19 e 20 de julho, uma edição...

Leia mais

Lula em Linhares: R$ 3,7 bilhões em indenizações para atingidos pela Samarco

por Colatina em Ação
4 dias Passado
1
Lula em Linhares: R$ 3,7 bilhões em indenizações para atingidos pela Samarco - Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta sexta-feira (11), o pagamento de R$ 3,7 bilhões em indenizações para 22 mil pescadores e 13,5 mil agricultores de...

Leia mais

Rota da Pereveca 2025 acontece neste domingo com cultura, tradição e sabores do interior de Colatina

por Colatina em Ação
5 dias Passado
0
Rota da Pereveca 2025 acontece neste domingo com cultura, tradição e sabores do interior de Colatina

Colatina promove, neste domingo (13), mais uma edição da Rota da Pereveca, evento que celebra a cultura, a tradição e a gastronomia do interior do município, com percurso...

Leia mais

PID se encerra com mais de 290 mil requerimentos na plataforma

por Colatina em Ação
1 semana Passado
0
PID se encerra com mais de 290 mil requerimentos na plataforma - Foto: Fred Loureiro/ Secom-ES

O prazo para novos ingressos no Programa Indenizatório Definitivo (PID) foi encerrado no dia 4 de julho de 2025, com mais de 290 mil requerimentos apresentados. Criado no...

Leia mais

Como escolher o local para investir o seu negócio?

por Colatina em Ação
1 semana Passado
0
Como escolher o local para investir o seu negócio? - Foto: Freepik

Escolher o local ideal para abrir um negócio é uma das decisões mais estratégicas de qualquer empreendedor. Mesmo com um produto de qualidade e uma equipe capacitada, um...

Leia mais
Próxima Postagem
Polícia Militar Ambiental (BPMA) flagrou 24 espécimes da fauna silvestre, sem a devida autorização

Polícia Ambiental flagra pássaros em cativeiro em bairro de Vitória

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias relacionadas

Carreta com bloco de granito tomba em São Domingos do Norte

Carreta com bloco de granito tomba em São Domingos do Norte

15 de julho de 2019
Após quase 30 anos, foragido por duplo homicídio em Linhares é preso em Goiás - Foto: PCES

Após quase 30 anos, foragido por duplo homicídio em Linhares é preso em Goiás

23 de abril de 2025
Mulher encontrada morta em Vila Velha é natural de Colatina - Foto: Reprodução

Mulher encontrada morta em Vila Velha é natural de Colatina

19 de julho de 2022

Pesquise por Categoria

  • Brasil
  • Cidade
  • Culinária
  • Cultura
  • Economia
  • Educação
  • Esportes
  • Meio Ambiente
  • Moda
  • Polícia
  • Política
  • Saúde
  • Sem categoria
  • Tecnologia
  • Aviso Legal
  • Fale conosco
  • Home
  • Política de Privacidade
  • Políticas de Cookies
  • Quem somos
  • Termos de Uso
Whatsapp: (27) 99840-1311

© 2025 Desenvolvido por Colatina em Ação - Hospedado no Brasil por Gen3 .

Nenhum Resultado
Ver Todos os Resultados
  • Inicio
  • Brasil
  • Cultura
  • Educação
  • Polícia
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia

© 2025 Desenvolvido por Colatina em Ação - Hospedado no Brasil por Gen3 .

Este site utiliza cookies. Ao continuar a utilizar este website, você está concordando e com à utilização de cookies. Saiba mais em Política de Privacidade.