Ela deu entrada na maternidade ainda com o vestido de noiva e teve que fazer uma cesárea de emergência.
Redação Colatina em Ação 18/09/2019
Casar e ser mãe, esse era o sonho da gestante Jéssica Victor Guedes, 30 anos. Quando engravidou do noivo, o tenente Gonçalves, ambos de São Paulo, eles decidiram realizar a cerimônia de casamento antes de a filha, Sophia, nascer. Segundo a tenente Mariana, da Seção de Comunicação Social do 46 Batalhão da Polícia Militar, no último domingo (15 de setembro), enquanto se preparava para subir ao altar, Jéssica, grávida de 7 meses, começou a se sentir mal e acharam que era ansiedade por causa do casamento. Afinal, tinha chegado o grande dia. “No trajeto até a igreja, onde o noivo e os convidados a aguardavam para a cerimônia matrimonial, ela começou a se sentir mal novamente”, conta Mariana.
A família foi avisada e o noivo, que já estava à espera, foi ver o que estava acontecendo e encontrou Jéssica desacordada, na porta da igreja. Como ele foi bombeiro, fez os primeiros socorros na noiva, antes do corpo de bombeiros chegar. Ela foi levada a um hospital de SP, porém, devido à complexidade do caso, foi transferida para o Hospital e Maternidade Pro Matre Paulista (SP).
Jéssica teve um AVC hemorrágico, por conta de uma pré-eclâmpsia, e já chegou à maternidade sem atividade cerebral. Segundo Mariana, a equipe realizou uma cesárea de emergência para salvar a vida da pequena Sophia, que nasceu de 29 semanas, pesando 1 kg. A bebê prematura está recebendo todos os cuidados na UTI Neonatal.
Como o casal gastou muito com o casamento e o tenente Gonçalves, na tentativa de salvar sua esposa e filha, decidiu levá-la ao hospital que não era coberto pelo seu convênio, amigos decidiram fazer uma vaquinha virtual para ajudar com os custos de internação e UTI, inclusive da pequena Sophia. O site para ajudar é www.vaquinha.com.br/vaquinha/tentente-goncalves.
“Jéssica estava fazendo acompanhamento pré-natal, não teve nenhum pico de pressão alta durante toda a gestação e era saudável, fazia atividade física e se alimentava bem”, disse a tenente Mariana, em entrevista.
Com a constatação da morte cerebral de Jéssica, a família decidiu atender ao próprio pedido dela e doar seus órgãos.
Em nota, a Pro Matre Paulista disse que: “No momento, toda a equipe da maternidade está priorizando o apoio, conforto e atenção às famílias do tenente Gonçalves e da paciente, ajudando-as com todas as providências necessárias”.