“Tentei passar um pouco de conforto para ela, que perdeu um filho.”
Redação Colatina em Ação 21/08/2019
“Tentei passar um pouco de conforto para ela, que perdeu um filho”, disse Paulo César Leal, pai de uma das vítimas do sequestro do ônibus na Ponte Rio-Niterói. Paulo tentou consolar a mãe do sequestrador, morto na manhã desta terça-feira (20), com um abraço sincero e afetuoso, demonstrando que existe dor dois lados!
A filha de Paulo, a professora Raiane Leal, 23 anos, estava entre os 37 reféns de William Augusto da Silva, 20 anos. Paulo acompanhou Raiane até a Delegacia de Homicídios para prestar depoimento e chegando lá, encontrou a mãe de William.
“Sou evangélico e acredito que, como cristão, temos que amparar essa mãe. Tentei passar um pouco de conforto para ela, que perdeu um filho”, disse Paulo.
O aposentado soube do sequestro pela televisão, mas não pensou que a filha pudesse ser uma das vítimas.
“Eu soube do sequestro pela televisão, mas não imaginava que a minha filha pudesse estar nesse ônibus, porque ela sempre sai de casa mais cedo. Quando eu vi a primeira vítima sendo liberada, vi que ela tinha exatamente os mesmos traços da minha filha. Fiquei completamente assustado com o que vi mas, ao mesmo tempo, senti um alívio muito grande em saber que ela estava saindo”, contou.
Logo após ser liberada, Raiane entrou em contato com a família por telefone para dizer que estava tudo bem.
Segundo alguns reféns, William parecia estar calmo e dizia a todo momento que não queria machucar ninguém – mas também que só sairia dali morto.
“Ele dizia que queria entrar para a História e que a gente teria muita história para contar para nossos amigos e família hoje, mas que ele ia morrer”, contou uma das vítimas. Fonte: O Fluminense / Razões Para Acreditar