Artigos produzidos por povos pré-hispânicos ficam no Masp até julho
Mais de 2 mil anos de história podem ser vistos nas 143 peças de tecidos andinos em exposição no Museu de Arte de São Paulo (Masp), no centro da capital paulista. São túnicas, toucas e bonecas de pano, além de diversos adornos produzidos pelos povos pré-hispânicos que habitaram a costa da região onde atualmente estão a Bolívia e o Peru.
Retratando figuras humanas e também padrões geométricos, as peças das culturas Paracas, da costa sul peruana, ainda mostram tons fortes de rosa, azul, verde e dourado. São itens manufaturados entre os anos 800 e 200 antes de Cristo, atravessando mais de dois milênios sem traços aparentes da ação do tempo.
PRESERVADOS PELO CLIMA
Mais de 2 mil anos de história podem ser vistos nas 143 peças de tecidos andinos em exposição no Museu de Arte de São Paulo (Masp), no centro da capital paulista. São túnicas, toucas e bonecas de pano, além de diversos adornos produzidos pelos povos pré-hispânicos que habitaram a costa da região onde atualmente estão a Bolívia e o Peru.
Retratando figuras humanas e também padrões geométricos, as peças das culturas Paracas, da costa sul peruana, ainda mostram tons fortes de rosa, azul, verde e dourado. São itens manufaturados entre os anos 800 e 200 antes de Cristo, atravessando mais de dois milênios sem traços aparentes da ação do tempo.
Os trabalhos em tecido são uma expressão tão importante nas culturas andinas, que, de acordo com Márcia, sobrevivem até hoje como tradição nas comunidades da região. As técnicas são passadas de geração em geração entre as mulheres que vivem nessas localidades. “É uma forma que elas, que vivem na serra entre o Peru e a Bolívia, encontram de manter a sua forma de viver e lidar com o mundo contemporâneo ocidentalizado.”
As peças em exposição foram reunidas por Oscar Landmann a partir da década de 1930. A coleção foi cedida em regime de comodato para o Masp por um período de 10 anos. Segundo a curadora, desse modo, é agora uma das maiores coleções do gênero abertas ao público no Brasil, ainda mais depois da destruição do Museu Nacional do Rio de Janeiro em um incêndio em setembro do ano passado.
“Nós temos várias coleções particulares no Brasil, mas acervo público a gente conta apenas com o do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP [Universidade de São Paulo]. As coleções pré-colombianas de lá têm origem variada e são cerca de 900 peças no total”, detalhou. A coleção Landmann tem volume semelhante, se incluídas também outras formas de expressão, como a cerâmica.
A exposição de tecidos andinos antigos pode ser vista no Masp até o dia 28 de julho. Fonte: Agência Brasil